Campos Neto diz que crise hídrica é questão de preço

A autoridade acredita que é difícil medir os riscos "nesse regime de incertezas”.

O presidente do Banco Central (BC), Campos Neto, afirmou que a instituição vê a crise hídrica mais como uma questão de preço do que de racionamento. A afirmação foi dita nesta sexta-feira (3) no evento Estadão Finanças Mais.

Para ele, a elevação da bandeira tarifária tem forte impacto sobre a inflação, e por esse motivo o BC está acompanhando a situação “no detalhe”.

“Vamos acompanhar, muito importante acompanhar essa parte hídrica nos próximos meses. Lembrando que a gente ainda entende que é mais um tema de preço do que de racionamento porque, se a gente tem uma chuva, mesmo que seja um pouco abaixo da média, ainda assim os reservatórios ficam acima de 10%”, declarou ele, de acordo com a Folha de S. Paulo.

Campos Neto ainda acrescentou que os diversos reajustes da bandeira vermelha e a implementação da última, ligada à crise hídrica, “realmente impactam bastante” a inflação, já que essas tarifas são pagas por todas as cadeias produtivas.

“Fica mais difícil nesse regime de incertezas, a agente tem que olhar o nosso balanço de riscos com maior cuidado. Além disso, nós temos um processo eleitoral, que tem um ruído natural oriundo desse processo, que vários outros países não têm”, afirmou.

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