Presidente do BC

Campos Neto: meta de inflação caminha "dentro do estipulado"

De acordo com o dirigente do BC, a autoridade monetária fez um bom trabalho quanto à convergência da inflação a um baixo custo

Roberto Campos Neto, presidente do BC
Roberto Campos Neto, presidente do BC / Foto: Reprodução/Marcelo Camargo

O presidente do BC (Banco Central), Roberto Campos Neto, disse, durante apresentação do RTI (Relatório Trimestral de Inflação) nesta quinta-feira (28), que o caminho para alcançar a meta da inflação está “dentro do estipulado” pelo Governo Federal.

Campos Neto ressaltou ainda que o objetivo é levar a inflação até a meta com “o mínimo de custos para a sociedade e em termos de “crescimento, desemprego e retração de crédito”.

“Quando a gente olha para o que foi feito no último um ano e meio, o Brasil está fazendo a inflação convergir, ainda que a última milha seja mais dolorida. O BC promoveu um processo de convergência a um custo muito baixo”, afirmou.

De acordo com o dirigente do BC, a autoridade monetária fez um bom trabalho quanto à convergência da inflação a um baixo custo.

Último decisão do Copom foi unâmime

O presidente do BC também esclareceu que o Copom (Comitê de Política Monetária) não está dividido e que a última decisão foi tomada de forma unânime.

Durante a última reunião, alguns membros discutiram a possibilidade de uma diminuição no ritmo de cortes dos juros básicos, caso as incertezas persistam no horizonte econômico. Essa avaliação foi revelada na ata do encontro.

De acordo com o presidente, o termo “alguns” utilizado na ata significa dois membros ou mais.

“É importante a gente dizer que a gente entendeu que existia uma incerteza maior sobre alguns temas que estávamos debatendo e pessoas diferentes tinham opiniões diferentes”, destacou.

BC projeta inflação de 3,5% no último RTI

A partir da divulgação do RTI (Relatório Trimestral de Inflação), nesta quinta-feira (28), o BC (Banco Central) aumentou a estimativa de crescimento do PIB em 2024 – de 1,7% para 1,9%. Em relação à inflação, o banco projetou uma inflação de 3,5%.

No último Boletim Focus, as projeções para o IPCA (Índice de Preço ao Consumidor Amplo), medidor da inflação no Brasil, tiveram uma leve queda para 2024, indo de 3,79% para 3,75%.

Para o ano de 2025, a estimativa também caiu, de 3,52% para 3,51%, e se manteve estável para 2026 e 2027, em 3,50%.

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