O pronunciamento do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) sobre a política de controle da inflação da maior potência mundial será responsável em impactar a maioria, senão todas, as economias globais.
A declaração de Jerome Powell, presidente da autarquia monetária norte-americana, irá indicar qual a intensidade da necessidade do aumento dos juros para conter a inflação, que encontra-se alta desde o segundo semestre do ano passado, além de explicar quando a medida será aplicada. De acordo com projeções de economistas, até o momento, a aposta é que haverá até quatro aumentos a partir de março.
A resposta, que será divulgada nesta quarta-feira (26) pelo Fed, é resultado de uma reunião de dois dias pelos membros do Fomc, sigla em inglês para Comitê Federal de Mercado Aberto. Essa é a primeira das oito reuniões anuais do grupo, cuja principal função é definir a meta de juros dos fundos federais. Tarefa que é semelhante à do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central do Brasil.
A taxa das operações de mercado do Fed influencia os juros cobrados nos empréstimos diários que os bancos privados realizam entre si, refletindo no custo do mercado de crédito em geral.
A decisão que ocorrerá nesta reunião não impacta somente o bolso dos investidores e empresários. Empregos, salários e o valor da conta do supermercado de trabalhadores, inclusive os brasileiros, estão atrelados a este fator. Além dos juros, os conselheiros também discutem quanto dinheiro o banco central dos Estados Unidos precisa investir no mercado financeiro para manter a economia aquecida.
O aperto da política monetária nos Estados Unidos reduz as chances de ações de empresas listadas na Bolsa brasileira serem compradas porque, simplesmente, há menos capital disponível.