O Ministério da Fazenda elevou as projeções tanto para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de 2024 quanto para a inflação medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) nesta sexta-feira (13). O movimento já havia sido antecipado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT). O último boletim macrofiscal foi divulgado em julho de 2024.
A informação foi divulgada pela SPE (Secretaria de Política Econômica) e apontava a estimativa para a expansão da atividade econômica este ano, passando de 2,5% para 3,2%.
Já para a inflação oficial, a estimativa foi elevada de 3,90% para 4,25%, mas ainda ficou dentro do intervalo de tolerância da meta estimada para 2024, que é de 3,00%, com variação de 1,5 p.p (pontos percentuais) para mais ou para menos.
Quanto ao PIB de 2025, a projeção foi reduzida marginalmente, de 2,6% para 2,5%, o que refletiu “a perspectiva de início de novo ciclo de alta nos juros pelo Banco Central em 2024, conforme apontado pelas expectativas de mercado”, segundo a SPE, de acordo com o “InfoMoney”. A projeção do IPCA para 2025 avançou para 3,40%.
Meta fiscal de 2025 demandará menos esforço, diz Fazenda
O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, afirmou que o esforço, nas linhas de receitas, para cumprir a meta fiscal prevista no arcabouço para 2025 será menor que o observado para 2024.
“Temos um projeto consistente, não vamos abrir mão do compromisso com a meta fiscal. Não existe o que fazer além de seguir no mesmo projeto que se iniciou no ano passado”, afirmou Durigan, durante evento BTG Pactual (BPAC11).
“Novas medidas de receita vão vir em intensidade menor que no ano passado. É preciso também que se siga com medidas do lado da despesa, mas sem tapar o sol com a peneira”, acrescentou Durigan sobre o governo anunciar novas medidas de arrecadação para fechar a meta fiscal de 2025.