O governo federal firmou uma parceria com órgãos internacionais de monitoramento e inteligência com o objetivo de garantir a “integridade do setor de apostas esportivas”, conforme anúncio do Ministério da Fazenda nesta terça-feira (29).
A Casa afirmou que Secretaria de Prêmios e Apostas fechou acordos de cooperação técnica com o Genius Sports, International Betting, Integrity Association (IBIA); Sport Integrity Global Alliance (Siga e Siga Latin America); Sport Radar.
“Com a formalização dessas parcerias, a SPA fortalece a rede de segurança focada na prevenção e no combate à manipulação de resultados esportivos no país por meio das apostas”, consta no comunicado da Fazenda.
Regis Dudena, o secretário de Prêmios e Apostas da Fazenda, afirmou que os quatro organismos internacionais são “reconhecidos globalmente no monitoramento do setor” e sua atuação está em países como o Canadá, a Inglaterra e a Austrália.
“[Os órgãos] Contam com expertise altamente qualificada para identificar movimentações suspeitas de apostas, ajudando a identificar e conter tentativas de manipulação de resultados”, destacou o comunicado do Ministério da Fazenda.
Os 4 órgãos parceiros da Casa deverão fornecer informações sobre o mercado de apostas à SPA. “Vão nos capacitar para que possamos identificar possíveis casos de manipulação e fraudes correlatas; além do compartilhamento de informações. É uma via de mão de dupla”, afirmou Dudena, segundo o “InfoMoney”.
Nenhuma das partes fornecerá transparência de recursos nem de pagamentos, segundo o governo federal. Os acordos foram estipulados com prazo de 5 anos.
“A tônica da iniciativa é a de robustecer a segurança de todo o sistema, protegendo o mercado de apostas, o esporte e a sociedade como um todo”, diz a Fazenda.
“A SPA está aberta a conversar com outros organismos que atuam na integridade das apostas”, indicou Dudena.
Fazenda espera aval de Lula para cortar até R$ 50 bi nas despesas
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, aguarda o aval do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para decidir o tamanho do corte nas despesas do governo, bem como quais serão os alvos. A pasta prevê um pacote entre R$ 30 bilhões a R$ 50 bilhões.
Lula e Haddad tiveram uma reunião de duas horas na segunda-feira (28), no Palácio da Alvorada, a fim de discutir as medidas fiscais que serão tomadas. A ideia era que o pacote fosse apresentado ao Congresso após o segundo turno das eleições, portanto, esta semana é considerada chave para a tomada de decisão.
A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), declarou na segunda-feira (28) que é hora de “ter coragem para cortar gastos ineficazes” e liberar espaço para novas prioridades, como investimentos essenciais.
Na ocasião, a ministra reforçou seu lema de que “não existe social sem fiscal” e afirmou que apenas o investimento público não pode cobrir todas as necessidades do país.
“Os números mostram que o que precisava dar certo, deu. Agora precisamos ter coragem de cortar o que é ineficiente”, destacou Tebet, de acordo com o “Valor”.