Contas públicas

Fazenda nega pacotes de corte de gastos de R$10 bi e R$15 bi

“Tal informação não corresponde ao que vem sendo debatido" afirmou o Ministério da Fazenda em nota, nesta quinta-feira (7)

Ministério da Fazenda / Foto: Agência Gov
Ministério da Fazenda / Foto: Agência Gov

Conforme informado pelo Ministério da Fazenda na tarde desta quinta-feira (7), as notícias que circularam de que o governo estaria avaliando um pacote de medidas de corte de gastos no valor de R$ 15 bilhões nas áreas da saúde e do transporte, e outro de R$ 10 bilhões em área não definida, não são verdadeiros. 

“Tal informação não corresponde ao que vem sendo debatido entre a equipe econômica, demais ministérios e a Presidência da República”, consta em nota divulgada pelo Ministério da Fazenda.

O mercado financeiro não reagiu bem à informação anterior, pois cortes de gastos nesses valores estariam muito abaixo do esperado para resolver a questão fiscal do Brasil. Com isso, o Ibovespa acelerou a queda e o dólar a alta no decorrer da sessão. 

O principal índice acionário brasileiro fechou com baixa de 0,51% e o dólar subiu levemente 0,02%, a R$ 5,67.

Fazenda espera aval de Lula para cortar até R$ 50 bi nas despesas

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, aguarda o aval do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para decidir o tamanho do corte nas despesas do governo, bem como quais serão os alvos. A pasta prevê um pacote entre R$ 30 bilhões a R$ 50 bilhões.

Lula e Haddad tiveram uma reunião de duas horas na segunda-feira (28), no Palácio da Alvorada, a fim de discutir as medidas fiscais que serão tomadas. A ideia era que o pacote fosse apresentado ao Congresso após o segundo turno das eleições, portanto, esta semana é considerada chave para a tomada de decisão.

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), declarou na segunda-feira (28) que é hora de “ter coragem para cortar gastos ineficazes” e liberar espaço para novas prioridades, como investimentos essenciais.

Na ocasião, a ministra reforçou seu lema de que “não existe social sem fiscal” e afirmou que apenas o investimento público não pode cobrir todas as necessidades do país.

“Os números mostram que o que precisava dar certo, deu. Agora precisamos ter coragem de cortar o que é ineficiente”, destacou Tebet, de acordo com o “Valor”.

Ela também enfatizou a necessidade de revisar políticas públicas. “Erros e fraudes já foram cortados; agora precisamos ter coragem para cortar políticas insuficientes e ineficazes, a fim de investir em áreas como infraestrutura. Como lembrou um importante veículo de comunicação, é necessário dobrar o investimento no país, e para isso, precisamos de parcerias”, completou Tebet.

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