O presidente do Fed (Federal Reserve) de Chicago, Austan Goolsbee, declarou nesta sexta-feira (2) que o Banco Central dos EUA deve agir de modo “consistente”, condenando a pressão do mercado em apostar que o Fed reagirá a um relatório de dados fracos de empregos referente ao mês de julho com um corte maior que o habitual de 0,50 p.p. (ponto percentual) na taxa básica de setembro.
“Nunca queremos reagir de forma exagerada aos números de um mês”, disse o presidente do Fed de Chicagoem entrevista à “Bloomberg TV”.
Ele ainda disse que o “objetivo absoluto agora é que queremos chegar a algo como o pleno emprego, e não ultrapassar o nível normal e deteriorar”, de acordo com informações do “Investing”.
O Departamento de Trabalho dos EUA declarou na tarde desta sexta-feira (2) que os empregadores reduziram drasticamente as contratações em julho, e a taxa de desemprego avançou para 4,3%.
A taxa ficou acima da estimativa que o Fed acredita ser consistente com o pleno emprego, conforme declarou Goolsbee.
Powell diz que Fed ‘não precisa mais estar 100% focado na inflação’
A desaceleração do crescimento nos preços e a redução no ímpeto do mercado de trabalho nos EUA deram ao Fed (Federal Reserve), Banco Central norte-americano, uma visão mais otimista sobre suas metas, conforme declarou Jerome Powell, presidente do Fed, nesta quarta-feira (31).
“O Fed não precisa mais estar 100% focado na inflação”, afirmou Powell em entrevista coletiva após o anúncio da decisão sobre os juros dos EUA pela autarquia.
Mesmo com os juros mantidos entre 5,25% e 5,50% ao ano pela oitava reunião consecutiva, tanto o comunicado como a coletiva de Powell tiveram um tom mais ameno e otimista em relação ao cumprimento da meta de inflação de 2%, que deve abrir caminho para o corte de juros já em setembro, na próxima reunião.