Economia

Galípolo não vê risco fiscal nos EUA

Segundo Galípolo, “há uma necessidade de financiamento maior da dívida americana”

O diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, afirmou nesta quinta-feira (23) que não consegue enxergar a ideia de que existe “um risco fiscal nos EUA“. Além disso, o banqueiro pontuou que não houve enfraquecimento do dólar na mesma medida que ocorre com países emergentes.

Segundo Galípolo, “há uma necessidade de financiamento maior da dívida americana e isso aumenta significativamente a oferta de títulos americanos”.

“Há expectativa de que o Fed e outros BCs de países desenvolvidos cheguem ao pico do aperto monetário, já começando a sinalizar cortes a partir do ano que vem”, afirmou Galípolo durante evento da Aberj (Associação de Bancos do Estado do Rio de Janeiro).

Fed: ata do Fomc cita crescimento forte da economia no 3° tri

Fed (Federal Reserve, o BC norte-americano) divulgou na terça-feira (21) a ata da última reunião do Comitê de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês). De acordo com o documento, todos os dirigentes do órgão monetário concordaram que estavam em posição de proceder com “cautela”. Segundo o documento, a economia dos EUA cresceu em ritmo forte no terceiro trimestre, com fortes ganhos de emprego e uma baixa taxa de desemprego.

Ao mesmo tempo, a ata do FOMC mostrou que inflação dos preços ao consumidor permaneceu elevada, embora mostrasse sinais de arrefecimento.

Segundo o documento, ao definir que os juros seriam mantidos entre 5,25% e 5,5% na reunião de 10 de novembro, o Fed comentou que a orientação seria adequada à política monetária. 

Por fim, os membros do Fed estariam preparados para ajustar a orientação da política monetária caso surjam riscos que possam impedir a realização dos objetivos do Comitê. “Os membros também concordaram que as suas avaliações levariam em conta uma ampla gama de informações, incluindo leituras sobre as condições do mercado de trabalho, pressões inflacionárias e expectativas de inflação, e desenvolvimentos financeiros e internacionais”, disse a ata.