RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Os preços da gasolina e do diesel ficaram estáveis nos postos brasileiros pela segunda semana consecutiva, informou nesta sexta-feira (26) a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis).
Na média nacional, o litro da gasolina foi vendido esta semana por R$ 6,748. Já o diesel saiu a R$ 5,366 por litro. Na semana passada, os dois produtos custavam, respectivamente R$ 6,752 e R$ 5,356 por litro.
A estabilidade dos preços pouco mais de um mês após os reajustes reflete também o congelamento dos preços de referência para o cálculo do ICMS, medida adotada pelos estados em outubro após forte pressão do governo e de consumidores.
O valor do ICMS é normalmente alterado a cada 15 dias de acordo com a evolução dos preços nas bombas. Sem o congelamento, os aumentos do início do mês seriam repassados ao imposto no último dia 15, provocando novas altas dos preços nas bombas.
Os últimos reajustes nos dois produtos foram promovidos pela Petrobras no dia 26 de outubro. Desde então, o repasse às bombas foi superior aos aumentos promovidos pela estatal. Para especialistas, a diferença pode ser explicada pela evolução da cotação dos biocombustíveis misturados aos dois produtos.
Na semana passada o preço do etanol anidro caiu R$ 0,05 por litro nas usinas de São Paulo, mas a pesquisa da ANP indica que não houve grande impacto no preço de bomba da gasolina. O etanol representa 27% da mistura vendida nos postos.
O preço do etanol hidratado teve ligeira queda nas bombas, segundo a agência. Na média, o produto foi vendido a R$ 5,395 por litro no país, R$ 0,01 abaixo do valor vigente na semana anterior.
De acordo com a ANP, o preço do gás de cozinha ficou estável na semana passada, em R$ 102,60 por botijão de 13 quilos. Nesta segunda-feira (22), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sancionou lei que garantirá a famílias de baixa renda um subsídio de 50% do preço final do produto.
Já o preço do GNV (gás natural veicular) caiu 1% na semana passada, para R$ 4,307 por metro cúbico, na média nacional.
A escalada dos preços dos combustíveis é o principal fator de pressão inflacionária no país e vem provocando estragos na popularidade de Bolsonaro, que já afirmou diversas vezes ter desejo de privatizar a Petrobras para deixar de ser responsabilizado pelos aumentos.