Meta fiscal

Governo central registra o 8º maior déficit primário para julho

O governo central marcou um déficit de R$ 77,858 bilhões, no acumulado deste ano até julho

Foto: CanvaPro
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O Tesouro Nacional divulgou nesta quinta-feira (5) que o governo central registrou déficit primário de R$ 9,283 bilhões em julho. O resultado foi melhor do que o saldo negativo de R$ 35,921 bilhões registrado no mesmo mês de 2023.

Dessa forma, no acumulado de 12 meses até julho, o déficit primário do governo central marcou R$ 233,3 bilhões, o equivalente a 2,04% do PIB (Produto Interno Bruto).

Nesses dados são considerados o Tesouro Nacional, a Previdência Social e o BC (Banco Central) e não incluem as despesas com a dívida pública.

O resultado de julho foi composto por um superávit de R$ 13,5 bilhões do Tesouro, déficit de R$ 22,456 bilhões da Previdência Social e déficit de R$ 327 milhões do BC.

O governo central marcou um déficit de R$ 77,858 bilhões, no acumulado deste ano até julho. O resultado foi possível por conta de superávit de R$ 143,416 bilhões do Tesouro, déficit de R$ 220,678 bilhões da Previdência e déficit de R$ 596 milhões do BC.

Considerando todo o ano de 2023, o governo central teve um déficit de R$ 230,535 bilhões (2,12% do PIB), segundo o “Valor”.

Foi determinado para este ano a meta de déficit zero como resultado primário, com banda de tolerância de 0,25 ponto percentual do PIB, para cima ou para baixo, o que equilave a aproximadamente R$ 28,8 bilhões.

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Considerando o contigencimaneto de gastos públicos anunciado em julho pelo Ministério da Fazenda, a Casa e o Ministério do Planejamento e Orçamento projetam neste momento resultado negativo justamente de R$ 28,8 bilhões para 2024, no limite inferior da banda de tolerância.

Governo prevê mais medidas para reduzir gastos em 2025

O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, reforçou que a revisão de gastos é um “pilar fundamental” da agenda da equipe econômica do governo Lula 3

Ao detalhar as ações do governo, Durigan afirmou que estão previstas mais medidas para reduzir gastos em 2025. 

“O compromisso com a revisão de despesas é central para a trajetória seguir dando certo, com cumprimento do arcabouço fiscal. Vamos recompor o fiscal revendo gastos tributários e fazendo revisão de gastos”, disse durante coletiva de imprensa.

O governo planeja ações para economizar cerca de R$ 25,9 bilhões no orçamento de 2025, que será enviado ao Congresso até sexta-feira, de acordo com o “Valor”.

O secretário-executivo da Fazenda comentou, também, que o governo busca o equilíbrio fiscal “para que o país cresça com compromisso social e ambiental”. Segundo ele, esse caminho exigirá que, no âmbito do trabalho da equipe econômica de revisão de gastos, “outras medidas precisam e serão feitas”.

Caso o corte de R$ 25,9 bilhões em benefícios sociais, conforme detalhado em coletiva, não aconteça, essa despesa seria acrescida ao orçamento do próximo ano, segundo o secretário. “Trata-se de um corte de gastos”, respondeu.