A proposta orçamentária do governo Lula para 2025 pode ser equilibrada de modo consistente a partir do corte de R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias, conforme avaliação da área econômica, segundo apuração do “Valor”.
Todavia, para o ano seguinte será necessário adotar novas medidas, sendo assim, as discussões sobre propostas de ajuste continuarão. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não deu nenhum veto.
Nos bastidores do governo, dizem que a redução de gastos será estruturada em ajustes operacionais nos programas sociais e cortará benefícios pagos de forma “errada”, de acordo com veículo.
Alguns filtros de controle devem ser reestruturados, enquanto outros que haviam sido eliminados devem voltar a funcionar. Além disso, o governo fará um “pente-fino” nos cadastrados.
Até o momento, o corte de R$ 25,9 bilhões tem sido encarado com um piso, números advindos das propostas levadas pelas Pastas do governo à JEO (Junta de Execução Orçamentária). Porém, há, ainda, chance de ganhos adicionais.
“A bagunça nesses programas é grande”, afirmou uma das fontes do “Valor”. Dentro dos próximos dias, após avaliação das mudanças sugeridas pela JEO aos ministérios afetados, os cortes devem ser detalhados.
Um bloqueio e um contingenciamento devem ser anunciados no próximo dia 22 de julho pelo governo Lula. Há possibilidade de que os números cheguem a R$ 10 bilhões, mas ainda passarão por refino, segundo o veículo de notícias.
Haddad diz que câmbio vai se acomodar com ações do governo
Fernando Haddad (PT), ministro da Fazenda, afirmou nesta quarta-feira (3) que as oscilações cambiais, devido às dúvidas do mercado sobre a sustentabilidade da dívida pública brasileira, vão ser “acomodadas”.
Para Haddad, esse movimento tende a se estabilizar, por conta de “tudo o que o governo está fazendo” e “entregando”.
“A diretoria do BC tem autonomia para atuar quando entender conivente. O câmbio vai acomodar, vai acomodar por tudo que estamos fazendo e entregando”, disse o ministro durante o lançamento do Plano Safra da Agricultura Familia, de acordo com o “Valor”.
Haddad também reiterou o compromisso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o fiscal. “O compromisso fiscal é um compromisso de vida toda do presidente”, explicou.
O mandatário da Fazenda negou saber sobre qualquer proposta de alteração nos mandatos de presidente do BC (Banco Central).
“Depois que eu apresentar a Lula proposta sobre gastos falo a vocês”, disse Haddad sobre a reunião que terá com Lula, na quarta-feira (3).