Precatórios

Governo Lula se preocupa com “bomba fiscal” de até R$ 120 bi

Os riscos que constam na LDO se referem à ações judiciais movidas contra o governo na década de 80

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Englobando os precatórios, uma “bomba fiscal” calculada entre R$ 80 bilhões e R$ 120 bilhões tem sido razão de preocupação para o governo Lula. Conforme apuração do “Valor Econômico”, a equipe do poder executivo já trabalha para “desarmá-la” judicialmente. 

Entre os anexos de riscos fiscais da LDO de 2024 (Lei de Diretrizes Orçamentárias), editado pelo governo Lula, consta o potencial de perdas às contas públicas, estimadas em R$ 79,6 bilhões.

Esses riscos se referem à potencial perda em ações judiciais de empresas do segmento sucroalcooleiro, movida por prejuízos na década de 1980, por intervenções do poder público, segundo o veículo.

O valor pode atingir até R$ 120 bilhões, pois, somente as ações transitadas em julgado totalizam R$ 79,6 bilhões. Ao todo, são mais de 300 processos ao redor do Brasil. Antes dos precatórios serem expedidos, o governo precisa avaliar se houve, de fato, prejuízo.

O Ministério da Fazenda se preocupa com a “bomba”, enquanto a AGU (Advocacia-Geral da União) prepara uma forte atuação na busca pela diminuição do prejuízo. Ao lado do governo Lula, o bom trânsito Judiciário, com a recente vitória no STF (Supremo Tribunal Federal) sobre a revisão da vida toda, é um fator favorável. 

Segundo o Valor, mesmo que os prejuízos tenham ocorrido na década de 80, apenas na década seguinte os processos foram ajuizados. A alegação de usinas e destilarias é de que os preços fixados pelo governo, na época, não cobrirem seus custos, logo, devem ser ressarcidas. 

Governo estuda taxar excesso de importação de aço em 25%

Governo Federal quer apresentar uma proposta para taxar excesso de importação de aço no Brasil em até 25%. A informação é do Estadão/Broadcast.

A proposta intermediária para os pleitos da indústria siderúrgica prevê definir uma cota de importação para determinados itens da siderurgia – que seria a média das compras de 2020 a 2022 – segundo fontes não reveladas pela agência de notícias.

Sobre o que for importado dentro desse volume, incidiria as alíquotas de importação atuais. Se as compras ultrapassarem essa cota, o imposto de importação iria a 25%.