O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, reforçou que a revisão de gastos é um “pilar fundamental” da agenda da equipe econômica do governo Lula 3.
Ao detalhar as ações do governo, Durigan afirmou que estão previstas mais medidas para reduzir gastos em 2025.
“O compromisso com a revisão de despesas é central para a trajetória seguir dando certo, com cumprimento do arcabouço fiscal. Vamos recompor o fiscal revendo gastos tributários e fazendo revisão de gastos”, disse durante coletiva de imprensa.
O governo planeja ações para economizar cerca de R$ 25,9 bilhões no orçamento de 2025, que será enviado ao Congresso até sexta-feira, de acordo com o “Valor”.
O secretário-executivo da Fazenda comentou, também, que o governo busca o equilíbrio fiscal “para que o país cresça com compromisso social e ambiental”. Segundo ele, esse caminho exigirá que, no âmbito do trabalho da equipe econômica de revisão de gastos, “outras medidas precisam e serão feitas”.
Caso o corte de R$ 25,9 bilhões em benefícios sociais, conforme detalhado em coletiva, não aconteça, essa despesa seria acrescida ao orçamento do próximo ano, segundo o secretário. “Trata-se de um corte de gastos”, respondeu.
Esse trabalho é uma “projeção conservadora” que está sendo implementada no orçamento de 2025. Ele aproveitou a ocasião também para enfatizar que o governo Lula está tomando as medidas fiscais necessárias, a exemplo do congelamento anterior de R$ 15 bilhões, anunciado em julho.
“A projeção é feita dentro do melhor que podemos”, afirmou Durigan.
Governo tem meios para cumprir a meta fiscal, diz Planejamento
Gustavo Guimarães, o secretário-executivo do Ministério do Planejamento e Orçamento, afirmou nesta segunda-feira (19) que a equipe econômica do governo federal tem todas as ferramentas necessárias para cumprir a meta fiscal de 2024 de déficit zero.
O cumprimento da meta pelo governo Lula pode ocorrer, ainda que dentro do intervalo de tolerância, em um cenário sem riscos inesperados ou choques muito fora da curva, segundo a explicação de Guimarães.
“Além do bloqueio e do contingenciamento, a gente fez essa dosagem da despesa pública ao longo do ano, usando todos esses instrumentos, para a gente ter certeza e garantia que consegue chegar até o final do ano cumprindo a meta estabelecida para este ano”, afirmou em uma apresentação promovida pelo Bradesco Asset, segundo o “InfoMoney”.
“A gente está com todos os instrumentos para cumprir a meta. Obviamente que dentro de um cenário de risco que não tenha nenhum risco muito fora da curva ou inesperado”, prosseguiu o secretário.
Como exemplo de choque imprevisível, Guimarães citou as enchentes no Rio Grande do Sul e seus efeitos, mas disse que o Ministério do Planejamento e Orçamento não vê riscos de mesma magnitude no cenário atual.