Retomar investimento

Haddad: Brasil está crescendo com baixa inflação

Ele afirmou ainda que, se houver ampliação da oferta, não deverá haver pressões inflacionárias no futuro próximo

Fernando Haddad
Foto: Jose Cruz/Agência Brasil

En entrevista à Globonews nesta quarta-feira (4), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o Brasil “está crescendo com baixa inflação“. Ele afirmou ainda que, se houver ampliação da oferta, não deverá haver pressões inflacionárias no futuro próximo.

De acordo com Haddad, o país tem condições de obter novamente o grau de investimento.

O ministro citou o resultado do PIB (Produto Interno Bruto), de crescimento de 1,4%. Segundo Haddad, o crescimento potencial do Brasil é de “2,5% para mais”.

Fernando Haddad completou afirmando que o Brasil “não tem razões objetivas para crescer menos do que a média mundial, que tem sido em torno de 3%”, coisa que tem reiterado nas últimas declarações.

Haddad garante que arcabouço fiscal não sofrerá novas mudanças

ministro da FazendaFernando Haddad (PT), disse que o arcabouço fiscal está determinado e não deve sofrer mais alterações nas metas de resultado primário. 

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“Quando eu, em março, revi as metas para 2025, 2026 e 2027, eu fiz uma conta do que eu perdi nas brigas com o Congresso e reestimei a coluna, tanto da dívida quanto do déficit. Se depender de mim, não muda mais nada, porque já foi estimado. Nós já sabemos o que nós temos”, afirmou Haddad durante participação na Expert 2024.

“Temos essa pendência ainda da compensação [dos benefícios fiscais com impostos a setores da economia], mas eu penso que está contratada a compensação, porque tem uma decisão de 11 a 0 no Supremo”, indicou o ministro.

Haddad participou do painel “cenário Econômico no Brasil: desafios de gestão fiscal e perspectivas de crescimento”, junto com o CEO do Banco XP, José Berenguer.

Sobre a relação com o Congresso Nacional, Haddad disse que os Poderes precisam agir harmonicamente e reforçou as conquistas que o governo já teve ao dialogar com o Congresso e o Poder Judiciário.

“Explicamos para os ministros do STJ a situação fiscal [do Brasil] e a necessidade de adotar um critério mais consequencialista sobre as decisões de impacto econômico. De lá para cá, nós tiramos da LDO [Lei de Diretrizes fiscais], na matriz de risco fiscal de natureza judicial, R$ 1,4 trilhão de reais de risco judicial. Esse trabalho ninguém notou”, enfatizou Haddad.