Economia

Haddad: déficit zero em 2024 será de ‘construção mês a mês’

"Se precisar tomar novas medidas, vamos ter que tomar", disse

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (11) que o cumprimento da meta do déficit zero em 2024 será uma “construção que será feita mês a mês”.

Após se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ministros palacianos, Haddad disse que será preciso acompanhar no ano que vem o desempenho das receitas e, se preciso, antecipar novas medidas para elevar a arrecadação.

“A Fazenda está sempre de seis meses a um ano adiantada em relação à agenda de hoje. Se precisar tomar novas medidas, vamos ter que tomar, tanto do ponto de vista da receita quanto da despesa”, garantiu. “O crescimento vai ajudar muito.”

Na semana decisiva para o governo aprovar medidas no Congresso Nacional, o ministro da Fazenda disse que está confiante e “negociando muito os textos”. Eventuais alterações nas propostas enviadas pela Fazenda, disse, não devem causar impactos nas expectativas de arrecadação.

“Todas as medidas foram muito negociadas. Pode ter ainda um senador ou deputado que precisamos conversar, mas está consolidado um texto bem avançado de entendimento”, afirmou o ministro, sem se referir a uma medida específica.

Haddad espera corte de 0,50 p.p na Selic na próxima reunião do Copom

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, espera que o Copom (Comitê de Política Monetária) do BC (Banco Central) corte em 0,50 p.p a taxa básica de juros no Brasil em sua próxima reunião, marcada para encerrar na quarta-feira (13). Se a vontade do petista se confirmar, a Selic encerrará o ano em 11,75%.

A fala foi emitida na manhã deste sábado (09), durante a Conferência Eleitoral do Partido dos Trabalhadores em Brasília, um evento preparatório do partido para as eleições municipais de 2024.

Com a depreciação do dólar frente ao real e a inflação em queda, o ministro questionou qual seria a justificativa para o Copom não baixar os juros no país.

No evento, o Haddad afirmou ainda que não será possível executar todo o orçamento de 2023 devido a falta de pessoal, já que os concursos para contratação de servidores públicos não foram concluídos, informou o jornal Valor Econômico.

Ainda sobre previsões macroeconômicas, a expectativa é que o Brasil encerre 2023 com 2 milhões de novos empregos formais, de acordo com o ministro da Fazenda.

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