O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), declarou na manhã desta quinta-feira (27) que é “absolutamente possível terminar o mandato com uma inflação média abaixo de 4% e crescimento médio beirando os 3%. Isso é a melhor inflação média de todos os mandatos recentes no Brasil”, disse. A afirmativa foi realizada durante a 3ª reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável.
Haddad também declarou que a equipe econômica não pode abandonar as metas de crescimento.
Na avaliação do ministro, o cenário externo se agravou com a manutenção da taxa de juros dos EUA e isso trouxe desafios imensos, mas a forma de combater o movimento é acelerar as reformas.
Ele acrescentou que alguns acreditam que o ciclo de commodities não permitirá esse crescimento, “mas temos que perseguir isso independentemente das condições”. As informações são do “Valor”.
Haddad chegou a dizer que o mundo está muito mais protecionista e que 2008 desencadeou uma avalanche de transformações.
Além disso, o ministro reconhece a necessidade de encarar as pressões dos gastos públicos e entende os limites de revisão dos gastos tributários, mas a agenda de elevação das receitas ainda não foi esgotada.
“Estamos atentos ao fato de que o resultado primário precisa conferir sustentabilidade à trajetória dessa dívida. Ainda não esgotamos a revisão de gastos tributários, mas sabemos os limites dessa agenda”, disse ele.
“Taxa das blusinhas” deve iniciar em 1º de agosto, diz Haddad
Segundo Fernando Haddad (PT), ministro da Fazenda, o governo deve editar uma nova MP (Medida Provisória) para estabelecer um prazo para a cobrança da “taxa das blusinhas”, que cobra 20% de imposto sobre compras internacionais a partir de US$ 50.
O motivo da MP, como explicou Haddad, é que no projeto original o Congresso não estabeleceu um período para que a taxa começasse a valer.
Quanto a isso, o ministro seguiu afirmando que o governo deve marcar o início da cobrança para 1º de agosto, chegando a produtos eletrônicos e brinquedos asiáticos vendidos no e-commerce, especificamente, de acordo com o “Valor”.