Fernando Haddad (PT), ministro da Fazenda do Governo Lula, disse que a equipe econômica da Casa não tem “plano B” para compensar as perdas de arrecadação, advindas da desoneração da folha de pagamentos de 17 setores e dos munícipios.
A declaração ocorreu após a devolução, por parte do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), de trecho da MP (Medida Provisória) que limitava o uso de créditos do PIS/Cofins.
Haddad reconheceu que a reação das companhias à MP “faz parte da democracia”, porém, também enfatizou que, com a rejeição da medida, o Senado assume a responsabilidade de encontrar outra saída, de acordo com o “Suno”.
“O Senado assumiu uma parte da responsabilidade por tentar construir uma solução (para compensação), pelo que entendi da fala do próprio presidente (Rodrigo) Pacheco. Mas nós vamos colocar toda equipe da Receita Federal à disposição do Senado para tentar construir alternativas”, afirmou.
Haddad diz que levará a Lula propostas sobre revisão de despesas
Fernando Haddad, declarou, nesta terça-feira (11), que apresentará propostas de revisão de gastos públicos ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante as discussões do governo sobre o Orçamento de 2025.
Em entrevista à imprensa, o ministro indicou que a área técnica do ministério está discutindo vários cenários, sem especificar quais medidas específicas poderiam estar em análise.
“Por ocasião da discussão do Orçamento, vamos levar algumas propostas ao presidente, que pode aceitar ou não, dependendo da avaliação que ele fizer”, afirmou o ministro.
Ministro quer explicar MP do PIS/Cofins nesta semana
O ministro da Fazenda, anunciou nesta segunda-feira (10) sua intenção de utilizar a semana para esclarecer os efeitos da Medida Provisória que restringe o uso de créditos de PIS/Cofins.
Seu objetivo é dissipar certas dúvidas que, segundo ele, não refletem a verdadeira intenção da MP, especialmente no que diz respeito às atividades de exportação.
Desde sexta-feira (7), Haddad tem dialogado com alguns líderes empresariais e a Fazenda está preparando material informativo para apresentar em reuniões com esses líderes, em especial com as confederações empresariais.
“Mas o foco da nossa preocupação é que esse custo subiu de 2019 para 2022 de R$ 5 bilhões para R$ 22 bilhões, então há alguma coisa acontecendo que precisa ser esclarecida em relação a sistemática”, afirma Haddad.