Fernando Haddad (PT), ministro da Fazenda, afirmou nesta quarta-feira (25) que “as pessoas fantasiam” uma possibilidade que não existe de o governo forçar a elaboração de um Orçamento irreal. Ele defendeu que a equipe econômica tenta corrigir “maquiagens” fiscais de gestões anteriores.
Haddad disse que medidas para controle da despesa pública estão “no radar” e citou possíveis revisões adicionais em programas sociais. No entanto, o ministro também ponderou que tais iniciativas só poderão ser apresentas após validação do Palácio do Planalto.
O ministro aproveitou a participação no JSafra Brazil Conference 2024 para declarar que a Fazenda sempre se preocupou com o lado estrutural das contas públicas e disse estar confortável com o Orçamento de 2025.
Seu argumentou foi que o governo não tem como fugir das previsões de receitas e despesas apresentadas pelas áreas técnicas.
“Você não pode chamar um técnico e falar, olha, mude isso aqui que eu estou achando que vai dar menos… Às vezes as pessoas fantasiam uma possibilidade que não existe na máquina pública”, disse Haddad.
“Você tem um Tribunal de Contas ultrarrigoroso, você tem um corpo técnico que sabe da sua responsabilidade e não vai estar disposto a colocar o seu CPF em risco em função de absolutamente nada”, prosseguiu.
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Na avaliação do ministro, pessoas que hoje acusam o governo Lula de maquiar as contas públicas estavam “até outro dia no governo”.
Essas pessoas teriam melhorado as contas artificialmente, segundo o chefe da Fazenda, represando filas de benefícios e não pagando precatórios. “Nós estamos fazendo o oposto disso, nós estamos corrigindo”, afirmou.
Haddad: crescimento não deve ser ‘nem acima, nem abaixo da média mundial’
“Não vejo razão para o Brasil crescer nem muito acima, nem muito abaixo da média mundial”, disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT). A afirmação foi feita quarta-feira (25), durante o encerramento da Safra Brazil Conference 2024.
Em seu discurso, Haddad destacou que acredita que o Brasil possui todas as condições para que a economia cresça acima dos 2,5% durante o mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Na média, deve dar mais de 2,5%.”
“Estamos em um momento curioso, que é um momento de otimismo para a economia brasileira, sobretudo no mundo”, disse o ministro ao comentar sobre as revisões das notas de crédito que o país está recebendo de várias agências de risco.
“Há uma expectativa sólida e bem fundamentada de que isso continuará acontecendo no próximo ano”, afirmou.
