Durante o Macro Day 2024, evento promovido pelo BTG Pactual, nesta terça-feira (20), Fernando Haddad disse que “não há razão para o Brasil não crescer igual ou acima da média mundial, com todo potencial que a economia brasileira tem”.
O ministro da Fazenda disse ainda que o crescimento precisa ter qualidade e defendeu a necessidade de olhar para a formação bruta de capital, para os investimentos e o mercado de trabalho.
Além disso, Haddad pontuou que o BC precisa “olhar para as curvas de demanda e de oferta” ao definir o andamento da taxa básica de juros e que cabe aos outros poderes o controle das contas públicas para garantir o crescimento econômico.
“Depois de dez anos crescendo 1% ao ano, podemos abrir um ciclo de crescimento sustentável”, destacou Haddad.
O líder da pasta falou em tom otimista sobre a Reforma Tributária, que terá um impacto positivo de até 20% do PIB nacional, segundo ele.
Lula defende Haddad de memes, mas fala em taxar “mais ricos”
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), se pronunciou sobre a onda de memes que tomaram as redes sociais nas últimas semanas, utilizando o termo “Taxad” em referência ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
“Quando chamam o Haddad de taxador, é porque estamos trabalhando a política para fazer taxação dos mais ricos”, disse Lula à “Rádio T”, nesta quinta-feira (15).
Os memes começaram após a aprovação da “taxa das blusinhas” e da regulamentação da reforma tributária no Congresso Nacional.
A lei para tributação de renda obtida através dos fundos de investimentos exclusivos, bem como as aplicações em offshores, foi sancionada por Lula em dezembro do ano passado.
O texto surgiu a partir da aprovação de projeto de conversão de MP (Medida Provisória) no Congresso.
Para Lula “quem reclama de imposto, é rico”. “Eles não gostam de pagar imposto”, comentou o presidente.
“As pessoas encontram sempre um jeito de não pagar imposto de renda. Só quem não encontra é quem trabalha e vive de salário”, afirmou.
O mandatário mencionou o texto referente à inclusão das carnes na cesta básica com isenção de impostos, no texto da Reforma, para argumentar na defesa de Haddad.
“Eu quero que as pessoas possam ir ao supermercado e sair com carrinho cheio das coisas mais saudáveis que eles puderem comprar, e isso significa que você tem que aumentar o salário das pessoas”, comentou.