O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), relacionou a queda do dólar nesta quarta-feira (3) a uma “comunicação bem feita” do governo. Ele foi questionado sobre o tema na portaria da sede da pasta, em Brasília.
“Comunicação bem feita melhora tudo”, disse Haddad, de acordo com informações do “InfoMoney”. O dólar fechou o pregão com queda de 1,70%, cotado a R$ 5,56, após declarações do ministro e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) relacionadas à responsabilidade fiscal.
Agora, Haddad segue para a reunião com o presidente Lula, na qual também estarão presentes os ministros da Casa Civil, Rui Costa; da Gestão, Esther Dweck; e do Planejamento, Simone Tebet. O objetivo é que seja apresentado um plano sobre a política fiscal do governo.
Haddad diz que câmbio vai se acomodar com ações do governo
Fernando Haddad (PT), ministro da Fazenda, afirmou nesta quarta-feira (3) que as oscilações cambiais, devido às dúvidas do mercado sobre a sustentabilidade da dívida pública brasileira, vão ser “acomodadas”.
Para Haddad, esse movimento tende a se estabilizar, por conta de “tudo o que o governo está fazendo” e “entregando”.
“A diretoria do BC tem autonomia para atuar quando entender conivente. O câmbio vai acomodar, vai acomodar por tudo que estamos fazendo e entregando”, disse o ministro durante o lançamento do Plano Safra da Agricultura Familia, de acordo com o “Valor”.
Haddad também reiterou o compromisso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o fiscal. “O compromisso fiscal é um compromisso de vida toda do presidente”, explicou.
O mandatário da Fazenda negou saber sobre qualquer proposta de alteração nos mandatos de presidente do BC (Banco Central).
“Depois que eu apresentar a Lula proposta sobre gastos falo a vocês”, disse Haddad sobre a reunião que terá com Lula, ainda nesta quarta-feira.
Ministro atribui alta do dólar a ‘ruídos’
No dia em que o dólar atingiu R$ 5,65, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a recente valorização da moeda americana é influenciada, entre outros fatores, pela comunicação do governo.
“Apesar da desvalorização ter acontecido no mundo todo, de uma maneira geral, aqui aconteceu uma coisa que foi maior do que nos nossos pares. Atribuí isso a muitos ruídos. Eu já falei isso no Conselhão, precisamos comunicar melhor os resultados econômicos que o País está atingindo”, afirmou na última segunda-feira (1º) a jornalistas.