Projeto orçamentário

Haddad: vamos continuar anunciando medidas para atingir meta

Haddad confirmou também que o “pequeno ajuste” feito no IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) ajudará a atingir a meta fiscal

Haddad
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad / Foto: Antonio Cruz / Agência Brasil

Após o anúncio de novas medidas de contenção de gastos pelo governo federal nesta quinta-feira (22), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que serão anunciadas mais ações ao longo do ano para garantir o cumprimento da meta fiscal. 

O governo tenta alcançar a meta fiscal de déficit zero. Durante a apresentação do primeiro Relatório de Receitas e Despesas de 2025, Haddad confirmou também que o “pequeno ajuste” feito no IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) ajudará a atingir a meta.

“As medidas serão, ao longo do ano — disse isso e repito —, nós estamos anunciando para o cumprimento da meta, um primeiro conjunto de medidas. Não precisa esperar o próximo bimestral para continuar trabalhando naquilo que for necessário para cumprir o centro da meta. Nós vamos continuar perseguindo o centro da meta”, disse Haddad, segundo a CNN Brasil.

Além disso, o ministro ainda afirmou que era para ter anunciado mais uma medida nesta quinta, mas que ainda há “algumas questões” em deliberação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)

Segundo ele, assim que for batido o martelo, “nós vamos prosseguir com elas”. Os detalhes sobre o ajuste no IOF serão anunciados após a conclusão da apresentação técnica do relatório à imprensa. Mas, segundo Haddad, a mudança “não vai incidir sobre dividendos”.

A equipe econômica anunciou um congelamento total de R$ 31,3 bilhões, sendo R$ 10,6 bilhões em bloqueio e R$ 20,6 bilhões em contingenciamento.

Haddad: ‘temos todas as condições de crescer 3%’

Participando de um evento nos EUA, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o objetivo do governo é fazer a economia crescer a 3% até o fim do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O político disse que essa é uma questão de “perseverança” com as políticas adotadas desde o começo do governo.

“O conjunto de projetos que o país já tem disponíveis, se nós continuarmos com o plano que foi apresentado ao país depois da eleição de 2022, se nós não nos desviarmos daquilo que foi combinado com a sociedade, nós temos a condição de chegar na final do mandato [atingindo esta taxa]”, afirmou Haddad durante o Milken Institute Global Conference, na Califórnia, nesta segunda-feira (5).

Em sequência, a economia brasileira cresceu 2,9% em 2023, início do mandato de Lula, e 3,4% em 2024, segundo os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A projeção atual para o PIB (produto interno bruto) deste ano é de um crescimento de 2,3%, na expectativa do governo. Enquanto o BC (Banco Central) espera um avanço de 1,9%.

Segundo Haddad, para chegar ao resultado de até 3% em 2026, é necessário uma combinação de estabilidade macroeconômica, atração de investimentos e a implementação de reformas estruturantes, como a tributária, além da transição energética.

Além disso, Haddad destacou que a classificação como uma potência verde e parceiro estratégico confiável tem recaído cada vez mais sobre o Brasil internacionalmente.

“Eu acredito que se nós tomarmos as providências que estamos tomando, avançarmos em criar um ambiente de negócio favorável ao investimento, como é o caso da reforma [tributária], o mercado de carbono, o mercado de crédito, o mercado de capital, todas as mudanças que estão sendo feitas, o Brasil vai continuar recebendo muito investimento e tem tudo para crescer de forma sustentável a uma taxa média de 3% ao ano, que é o nosso objetivo nos quatro anos de mandato do presidente Lula, crescer uma média de 3%”, disse.