Economia

IGP-M registra deflação na 1ª prévia de janeiro, diz FGV

O resultado veio abaixo dos 0,26% registrados na mesma leitura do mês anterior

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) apresentou recuo de 0,67% na primeira prévia de janeiro, de acordo com divulgação, na manhã desta terça-feira (9), da Fundação Getúlio Vargas (FGV). 

De acordo com o relatório, o resultado veio abaixo dos 0,26%, registrados na mesma leitura do mês anterior, e também apresentou um avanço de 0,74% no encerramento dele.

Nas aberturas, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M) contraiu 1,03% em janeiro, ante queda de 0,34% em dezembro. O Índice Nacional de Custo da Construção Civil (INCC-M), por outro lado, avançou 0,22%, ante queda de 0,01%.

Ainda de acorodo com o relatório, com peso de 30%, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) ficou em +0,25% nesta leitura (vindo de -0,08%).

Economia em 2023 supera previsões, mas com ritmo moderado

Em 2023 houve um rompimento de algumas séries de perdas econômicas que ainda persistiram como reflexos da pandemia de Covid-19. O ano começou sob desconfiança do mercado financeiro diante do novo governo, com previsões pessimistas que não se concretizaram. Mas o cenário também não permitia otimismo, com o início de 2023 sendo marcado por diversas preocupações econômicas. A inflação ultrapassava a meta estipulada pelo Banco Central do Brasil, enquanto a taxa básica de juros do país, a Selic, pairava em torno de 14% ao ano, impactando diretamente o poder de compra das famílias. 

Somado a isso, havia incertezas em relação à situação fiscal em meio ao primeiro ano do governo de Lula 3, com Fernando Haddad ocupando o cargo de ministro da Fazenda, gerando um cenário de instabilidade e questionamentos sobre a gestão econômica.

Inflação

Os dados do IBGE mostram que a inflação foi de 5,79% em 2022, número consideravelmente superior quando comparado com a meta do Banco Central de 3,5%, oscilando de 2% a 5%. Na virada para 2023 e ao longo do ano, o mercado acreditava que a inflação iria permanecer acima da meta estimada. No entanto, os brasileiros puderam observar a inflação desacelerar ao longo do ano. Embora os dados oficiais só sejam divulgados em janeiro, a expectativa do mercado é de que o ano seja encerrado com inflação em torno de 4,5%.

“Neste ambiente, o processo desinflacionário observado em 2023 deve continuar ao longo de 2024, mas em velocidade um pouco menor”, avaliou Marianna Costa, economista-chefe do TC.

Os fatores que impulsionaram a queda nos preços foram os meses seguidos de deflação dos alimentos. Somado a isso, houve uma supersafra no primeiro trimestre do ano, impulsionando o barateamento de alguns produtos e favorecendo a população de baixa renda na compra dos mesmos.