Índice Geral de Preços-Mercado

IGP-M de abril sobe 0,31% e indica inflação acima do esperado

Resultado de abril colocou fim à sequência de deflação obserada em fevereiro e março, quando o índice recuou 0,52% e 0,47%, respectivamente

Supermercado
Foto: Pixabay

O IGP-M (Índice Geral de Preços-Mercado) subiu 0,31% em abril, informou a FGV (Fundação Getúlio Vargas) nesta segunda-feira (29). O resultado mostrou inflação mais forte do que o esperado pelo consenso LSEG de analistas, que previa alta de 0,05%.

O IGP-M de abril também colocou fim à sequência de deflação em fevereiro e março, quando o índice recuou 0,52% e 0,47%, respectivamente.

No acumulado do ano, o indicador ainda mostra deflação de -0,60% e, em 12 meses, de -3,04%.

No mês de abril, o que puxou o índice para cima foram os preços ao produtor, que subiram 0,29%. Entre eles, destacaram-se aumentos no preço do cacau, que saltou de 19,92% para 63,63%, e do café, que foi de 0,62% para 9,57%. A soja também subiu, indo de -0,47% para 5,66%.

Enquanto isso, o minério de ferro apresentou uma redução menos acentuada, caindo de -13,27% para -4,78%, o que também teve papel importante na aceleração da taxa do IPA.

IPCA-15: com desaceleração, especialistas apostam em corte da selic

A desaceleração do IPCA-15 registrada em abril, que marcou redução de 0,15 ponto percentual em comparação com o mês anterior, surpreendeu e animou o mercado, que agora espera a manutenção do corte nos juros.

A alta de 0,21% nos preços desse mês, divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (26), veio abaixo da expectativa do mercado, que previa uma variação de 0,29% para o índice.

Os especialistas pontuam que o dado cria cenário otimista o suficiente para o BC (Banco Central) manter sua postura de corte nos juros na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), que acontece nos dias 07 e 08 de maio.

A trajetória de cortes começou em agosto do ano passado após o BC concluir que o cenário era positivo para isso, após avaliar que a alta dos preços está controlada. Desde então, as quedas têm sido de 0,5 ponto percentual.

“Diante desse dado, na minha visão, acredito que o BC continue o ritmo de queda em 0,50% para a próxima reunião”, disse Ana Paula Carvalho, planejadora financeira CFP®️ e sócia da AVG Capital.

Atualmente, a Selic, taxa básica de júros, encontra-se fixada em 10,75% ao ano, menor patamar desde 2022.