O Banco Inter emitiu uma nova projeção de encerramento da alta da Selic para 14,75%. A expectativa anterior era de uma máxima de 15%, a justificativa foi atribuída a sinais de desaceleração da economia, como apontou informações apuradas pelo portal Invest.
A projeção de crescimento da taxa básica de juros, assinado por Rafaela Vitória, economista-chefe do Inter, eleva a Selic a mais um ponto percentual na próxima reunião do Copom (Comite de Política Monetária) marcado para março. Por fim, a analista provisiona mais uma alta para maio, de 0,50, findando o índice em 14,75%.
O Banco não descarta o encerramento da alta já em 14,75%, na próxima decisão do BC. Na terça-feira (11), o IPCA animou especialistas que detectaram uma desaceleração na inflação e queda no preço de energia graças a bônus de Itaipu.
PIB desacelera, IPCA cresce
Apesar da baixa do dólar, que já recua mais de 6% em relação ao real para 2025, a inflação do Brasil foi projetada para cima no final do ano. Com uma marca de 5,2%, a estimativa permanece acima da meta de 4,5% projetado pelo BC.
A deterioração da inflação de serviços e a alta do câmbio devem manter uma inflação acima de 5% ainda que, com efeito do aperto monetário promovido pelo Banco Central.
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Como também apontou a instituição, o PIB de 2025 tem projeção de desacelerar para 1,5%, ante projeção de 1,7%.
Caged: desaceleração acende alerta para economia e pode impactar Selic
O Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgado na última quinta-feira (30), veio menor que as expectativas de agentes de mercado. O dado, somado aos números de desocupação, que chegaram a 6,2%, da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), reforçou a ideia de que a inflação está caminhando para o “arrefecimento”.
Segundo o Caged, o mercado de trabalho brasileiro teve uma abertura líquida de 1.693.673 vagas de carteira assinada em 2024. Em dezembro, houve um saldo negativo de 535.547 vagas, com 1.524.251 admissões e 2.059.798 desligamentos.
“O resultado do Caged, com o fechamento de 535,5 mil vagas formais em dezembro, reflete uma desaceleração significativa da atividade econômica, além dos efeitos sazonais típicos do mês”, comentou Carlos Braga Monteiro, CEO do Grupo Studio.
