O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) ficou em 0,78% em dezembro, a 0,39 ponto percentual (p.p). O dado foi abaixo do 1,17% registrado em novembro. Com o resultado, o indicador fecha 2021 com 10,42% no acumulado do ano, sendo o maior desde 2015.
O acumulado de 12 meses não pode ser calculado devido a mudança do Datacenter do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que foi iniciada na sexta-feira (17).
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete registraram altas em dezembro. Apenas saúde e cuidados pessoais recuaram e educação não sentiu nenhuma variação. Por outro lado, o maior impacto foi para os Transportes, que fecharam o ano com avanço de 21,35%, e na sequência habitação (0,90%), alimentação e bebidas (0,35%).
O resultado de transportes foi influenciado, especialmente, pelo aumento nos preços de combustíveis (3,40%), com destaque para a elevação na gasolina (3,28%), que contribuiu com o maior impacto individual no índice no período. Além disso, o etanol e o óleo diesel também avançaram, contudo, a oscilação foi mais contida.
Os preços dos automóveis usados (1,28%) e novos (2,11%) seguiram em alta, contribuindo com um impacto conjunto de aproximadamente 0,09 p.p. no IPCA-15 de dezembro. Outro componente que teve considerável elevação foram as passagens aéreas (10,07%), que voltaram a apresentar altas após o recuo de 6,34% em novembro.
Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados de 13 de novembro a 13 de dezembro de 2021 e comparados com aqueles vigentes entre 14 de outubro e 12 de novembro deste ano. O indicador trata de famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos.
O indicador é uma prévia do IPCA, que é um termômetro oficial da inflação no Brasil. Desta forma , o principal objetivo é monitorar a variação do preço de um conjunto de produtos e serviços de varejo para o consumidor final.