Uma isenção parcial para quem ganha na faixa dos R$ 5 mil e R$ 7 mil mensais foi proposta pelo Governo Lula. A proposta faz parte da nova reforma do IR, que teve o projeto de lei assinado pelo presidente nesta terça-feira (18).
A equipe econômica propôs um desconto progressivo na isenção do IR, que começa em 100% para quem ganha R$ 5 mil e termina em 0% para quem ganha R$ 7 mil.
Confira a tabela:
Renda Mensal | Desconto (%) | Imposto sem desconto (R$) | Imposto final (R$) |
R$ 5.000,00 | 100% | R$ 312,89 | R$ 0 |
R$ 5.500,00 | 75% | R$ 436,79 | R$ 203,13 |
R$ 6.000,00 | 50% | R$ 574,29 | R$ 417,85 |
R$ 6.500,00 | 25% | R$ 711,79 | R$ 633,57 |
R$ 7.000,00 | 0 | R$ 849, 29 | R$ 849,29 |
Caso o projeto do Governo Lula seja aprovado, cerca de 20 milhões de brasileiros terão direito à isenção do Imposto de Renda, segundo a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann.
O próximo passo é o texto seguir para o Congresso Nacional e, se validado, passará a valer a partir de 1º de janeiro de 2026, segundo o “Money Times”.
Durante a cerimônia de assinatura do projeto, o presidente Lula disse que a isenção para quem ganha até R$ 5 mil é um projeto neutro e não vai acarretar em qualquer aumento da carga tributária do país.
Paralelamente, o Governo irá cobrar um imposto mínimo de 10% para altas rendas e de dividendos enviados para o exterior, como forma de compensar a redução de receita.
O cálculo do Ministério da Fazenda projeta que a ampliação da isenção do IR custará R$ 25,84 bilhões à União em 2026.
Porém, as receitas serão ampliadas em R$ 34,12 milhões devido às medidas compensatórias, sendo que R$ 25,22 bilhões virão do IR mínimo de 10% para alta renda e R$ 8,9 bilhões da remessa de dividendos ao exterior.