JPMorgan regride projeção sobre economia brasileira

Banco elevou expectativas acerca do juros para 9%, além de abaixar suas projeções para o crescimento do PIB

O JPMorgan Chase & Co elevou suas projeções para a taxa Selic para 9% até o início de 2022. Além disso, a companhia regrediu em relação às suas expectativas para o crescimento econômico brasileiro em 2021 e para o ano que vem. Relatório foi divulgado nesta segunda-feira (13)

A projeção de juros do banco era de 7,5%, mas, após nova análise, os especialistas esperam três elevações de 1 % até o fim de 2021 e uma alta final de 0,75% no início de 2022, chegando nos 9% que é estimado.

O JPMorgan também revisou para baixo a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil a 5,1% neste ano e a 0,9% no ano que vem. As estimativas anteriores eram de expansão de 5,2% e 1,5%, respectivamente.

“As crescentes tensões políticas e pressões inflacionárias conduziram as projeções de juros para cima e de crescimento para baixo”, escreveram em relatório Cassiana Fernandez e Vinicius Moreira, do JPMorgan.

A companhia destacou a recente turbulência no cenário político local, destacando as manifestações no dia 9 de setembro, quando houve falas contra o Supremo Tribunal Federal (STF).

Embora o chefe do Executivo tenha moderado a retórica desde então, “o risco de tensões renovadas permanece alto antes do ciclo eleitoral de 2022”, disseram Fernandez e Moreira.

A aflição política divide as atenções ainda com uma inflação que “continua a surpreender para cima”, segundo eles, o que está elevando a pressão para que o Banco Central aperte ainda mais sua política monetária.

O JPMorgan projeta alta de 7,9% do IPCA em 2021, patamar bem acima da meta de 3,75%, que tem margem de erro de 1,5 % para mais ou para menos.

Falando sobre as perspectivas para 2022, o JPMorgan afirmou que as condições climáticas terão papel importante na dinâmica de inflação em meio à grave crise no abastecimento dos reservatórios de água brasileiros.

“Continuamos a considerar um desdobramento mais favorável em relação à crise de fornecimento de água e energia… No entanto, vemos chances crescentes de um cenário negativo na crise hídrica, particularmente conforme as autoridades limitam o impacto nos preços, levando a escassez de energia não desejada.”

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