Preços seguem altos

Mercado imobiliário dá sinais de aquecimento

Estudo aponta que a participação média dos compradores no último período superou a média histórica de 11% da Pesquisa Raio-X FipeZAP

Mercado imobiliário/ Foto: Pexels
Mercado imobiliário/ Foto: Pexels

O mercado imobiliário segue dando sinais de aquecimento, mesmo com a percepção de preços elevados por parte dos compradores. A informação foi apresentada pelo “Raio X Fipe: perfil da demanda de imóveis”, uma pesquisa desenvolvida pela Fipe e ZAP, plataforma de imóveis do grupo OLX, para investigar tópicos relacionados ao mercado imobiliário.

Os dados mencionados são referentes ao segundo trimestre de 2024. Para a elaboração da pesquisa, houve 646 participantes que responderam às questões do levantamento entre 10 de julho e 5 de agosto.

Entre os respondentes, houve três grupos definidos: compradores (13%), que adquiriram imóveis nos últimos 12 meses; compradores em potencial (35%), que pretendem comprar um imóvel nos próximos três meses; e proprietários (24%), que possuem um imóvel há mais de 12 meses.

O estudo aponta que a participação média dos compradores no último período superou a média histórica de 11% da Pesquisa Raio-X FipeZAP, devido a três trimestres consecutivos de crescimento.

Entre esse mesmo grupo, os imóveis usados foram a preferência de 72%, enquanto os novos foram escolhidos por apenas 28%, conforme apontou o “InfoMoney”.

Fazenda quer atrair fundos ao mercado imobiliário e Selic atrapalha

O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, declarou nesta terça-feira (18) que a pasta busca atrair grandes fundos de pensão e investimentos ao mercado de crédito imobiliário e criticou os níveis atuais da Selic (taxa básica de juros).

O secretário da Fazenda fez as declarações durante o CNN Talks Para o Brasil, em Brasília.

A maior parte do funding do setor atualmente não é originada em grandes investidores, mas na caderneta de poupança, além de mecanismos como a LCI (Letra de Crédito Imobiliário), que recebe recursos, em grande parte, de pessoas físicas.

“Queremos trazer os fundos de pensão, os fundos de investimentos”, disse Mello, de acordo com a “CNN”.

Conforme o secretário, no momento os fundos de pensão, por exemplo, podem ter até 25% dos seus investimentos com foco no mercado imobiliário. Contudo, a proporção fica em cerca de 3% atualmente.