A consultoria britânica Newmark divulgou um relatório mostrando que o número de brasileiros com patrimônio de mais de US$ 1 milhão (cerca de R$ 5,3 milhões) pode chegar a 481.000 em 2025, crescimento de 29% em relação a 2020 (373.000). Os super-ricos, com patrimônio de mais de US$ 30 milhões (cerca de R$ 157,4 milhões), devem crescer 23% até 2025 no País e chegar a pouco mais de 6.000 pessoas. As informações são do Estadão.
Para encontrar o resultado da estimativa, alguns engenheiros da consultoria criaram um modelo que estima a população de milionários com base em informações passadas por mais de 600 fontes pelo mundo, incluindo áreas de private dos bancos, family offices e consultores. A pesquisa considera o patrimônio líquido incluindo a principal residência (mais valiosa).
“A vacinação é um sinal positivo e que marca o início de um novo ciclo econômico em um mundo pós-pandêmico. A projeção para 2021 é que a população com mais de 1 milhão de dólares continue crescendo”, explicou a diretora de pesquisa e inteligência de mercado da Newmark Mariana Hanania.
Ainda maior, o crescimento dos ricos e super-ricos será na China. O levantamento indica um grande aumento de 56% até 2025, chegando a marca de 9 milhões de pessoas com mais de US$ 1 milhão. Os super-ricos na China devem ultrapassar pela primeira vez a marca de 100.000 pessoas até 2025. Nos Estados Unidos, o número de super-ricos estará em 223.955 em 2025.
Ainda segundo o estudo, porém, o número de pessoas com mais de US$ 1 milhão cai no Brasil durante a pandemia. De acordo com Hanania, isso pode ter a ver com o fato de o real ter desvalorizado frente ao dólar, o critério de corte da pesquisa, afinal, é em moeda americana. E também ajuda a entender a preferência pelas compra de produtos de luxo em reais.
“A variação cambial em 2019 ficou entre 3,98 e 4,26 reais, enquanto no intervalo da pesquisa em 2020, o dólar variou em mais de 5,28 e 5,78 reais”, afirmou a diretora e acrescentou que a flutuação da moeda também provoca baixas no número de milionários, especialmente na Rússia. “A pandemia também foi citada como o principal motivo para as quedas.”