A OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) melhorou sua projeção para o avanço da economia brasileira em 2024, mas ainda observa desaceleração em relação a 2023. Segundo a organização, o PIB (Produto Interno Bruto) deve ter alta de 1,9% neste ano. As informações foram divulgadas nesta quinta-feira (2).
A projeção da OCDE é superior à estimativa de 1,8% registrada anteriormente. Em 2023, o País teve alta de 2,9% no PIB.
“Impulsionados pelo crescimento robusto do emprego, os aumentos do salário mínimo e a diminuição da inflação, espera-se que os gastos das famílias sejam o principal motor do crescimento, especialmente em 2024”, declarou a OCDE, de acordo com a “CNN”.
A entidade também elevou sua expectativa para 2025, com uma estimativa de 2,1%, ante a projeção anterior de 2%.
Contudo, a OCDE alerta que ainda há riscos de queda para as projeções econômicas do País.
Dentre os fatores que podem promover essa queda nas estimativas está o crescimento mais lento da China, que é um importante parceiro comercial do Brasil. Além disso, o crescimento de tensões geopolíticas pode atenuar a demanda externa.
“A chave para restaurar a confiança nas finanças públicas está no cumprimento da meta do resultado primário e na implementação do novo arcabouço fiscal”, aponta o documento.
A OCDE estima que o endividamento do Brasil deve ter um leve crescimento, pois no ritmo atual, o orçamento primário não pode estabilizar o nível da dívida nos atuais 75% do PIB.
Inflação ao consumidor anual na OCDE estabiliza em 5,7% em fevereiro
A taxa anual de inflação ao consumidor (CPI, pela sigla em inglês) nos países membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), ficou em 5,7% em fevereiro, mantendo-se no mesmo nível registrado em janeiro.
Por outro lado, o núcleo do CPI – que exclui as categorias voláteis de energia e alimentos – desacelerou para 6,4% em fevereiro, em comparação com 6,6% no mês anterior.
Inflação no G20
No G20, que engloba as 20 maiores economias do mundo, a taxa anual do CPI ganhou força, subindo de 6,4% em janeiro para 6,9% em fevereiro, alcançando o maior nível desde março de 2023, de acordo com detalhes fornecidos pela OCDE.