Conforme a projeção da CNI (Confederação Nacional da Indústria), o PIB (Produto Interno Bruto) deve crescer 3,5% em 2024, um número superior às estimativas do Ministério da Fazenda, de 3,3%.
O desempenho do mercado de trabalho, a expansão fiscal e o aumento das concessões de crédito estão entre os fatores que devem empurrar o PIB este ano. Já para 2025, a CNI espera que a economia brasileira cresça 2,4%.
As projeções foram apresentadas pela Confederação nesta terça-feira (17) a partir do documento Economia Brasileira 2024-2025, com as projeções da economia para o ano que vem.
A equipe da CNI avaliou que os fatores que impulsionaram o crescimento da economia em 2024 também vão influenciar o ritmo da atividade no ano que vem, mesmo que seguindo um ritmo mais fraco.
Segundo a CNI, o consumo, por exemplo, deve crescer 2,4% em 2025, quase metade do previsto para este ano. Já os investimentos, por sua vez, tendem a subir 2,6%, ante os 7,3% em 2024.
O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) deve encerrar o ano em 4,8%, acima da meta da inflação, que é de 3%, mas ainda pode ficar dentro do limite de tolerância dessa meta, a 4,5%, segundo a Confederação.
Para o ano que vem, a CNI calcula que a inflação vai baixar para 4,2%, desacelerando frente a 2024, de acordo com a “CNN”.
“Esse movimento é explicado pelo menor crescimento do PIB, ritmo mais lento do mercado de trabalho, intensificação do aperto monetário, redução do impulso fiscal e menor pressão sobre o preço dos alimentos e da energia”, diz a CNI.
PIB da construção deve crescer acima do esperado, diz CBIC
A CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção) revisou sua projeção para o crescimento do PIB da Construção Civil em 2024 e agora espera uma alta de 4,1%, ante 1,3% na projeção do início do ano, segundo informações do “InfoMoney”.
“O desempenho da construção neste ano surpreendeu”, disse a economista da CBIC Ieda Vasconcelos em entrevista coletiva. De acordo com ela, o setor foi surpreendido com algumas notícias positivas.
As previsões da CBIC estão sendo revisadas para cima pela quarta vez. No começo do ano a projeção era de 1,35%. Em abril, passou para 2,3% , depois para 3% em julho e para 3,5% em outubro.
O PIB da Construção teve um crescimento de 4,1% até setembro de 2024, em relação ao mesmo período de 2023, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). “Isso aconteceu pelo maior dinamismo da economia brasileira e do mercado imobiliário”, disse Vasconcelos.