Ante crescimento de 1,6%

PIB dos EUA no 1TRI24 é revisado para baixo e vai a crescimento de 1,3%

A revisão do PIB no primeiro trimestre seguiu-se à recente fraqueza nas leituras das vendas no varejo e dos gastos com equipamentos

Dólares
Foto: Freepik

O PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA foi revisado para baixo, informou o Departamento de Comércio nesta quinta-feira (30). O resultado ficou em um crescimento de 1,3%, ante estimativa prévia de 1,6% divulgada no dia 25 de abril.

A revisão do crescimento no primeiro trimestre seguiu-se à recente fraqueza nas leituras das vendas no varejo e dos gastos com equipamentos.

A revisão para baixo do PIB faz com que a taxa de crescimento do primeiro trimestre seja a mais fraca desde o segundo trimestre de 2022, quando a economia contraiu, e deixa a produção abaixo da taxa de 1,8% que as autoridades do Fed consideram como seu potencial não inflacionário de longo prazo.

PIB dos EUA não dá indício de cortes de juros, diz Paulo Gala

O resultado da medição do PIB dos EUA no primeiro trimestre de 2024 está mexendo com o mercado nesta quinta-feira (25), diante da perspectiva do início nos cortes dos juros norte-americanos.

O número foi de 1,6%, um recuo em comparação ao de 3,4% registrado no quarto trimestre de 2023. O resultado também veio abaixo do consenso LSEG de analistas, que esperavam um PIB de 2,4%.

De acordo com Paulo Gala, economista-chefe do Banco Master, o mercado, que esperava “menos inflação e mais PIB”, foi pego de surpresa com um resultado “ruim para a inflação americana”.

“O PIB veio bem mais fraco que o esperado, crescimento de 1,6% apenas. Um dado bem ruim, bem abaixo da expecativa. Por outro lado, a inflação medida pelo deflator implícito do PIB, 3,1%, veio muito forte, uma indicação de inflação importante. E 3,7% do CORPCI, o núcleo do deflator, ligado a consumo. Uma indicação de estagflação, que é a inflação mais a estagnação”, explica Paulo Gala.

Paulo destaca que os impactos negativos não se restringem aos EUA, já que o dólar se valoriza e, com isso, as moedas emergentes e as bolsas também sofrem.

Ainda segundo o economista-chefe do banco Master, com o resultado e os swaps de juros futuros, praticamente, tirando cortes de juros nesse ano, a mudança no cenário torna-se ainda mais drástica.

“Estava [o cenário] com aquela cara de corte em setembro e agora já começa a ficar com uma cara de que não tem corte de juros esse ano nos EUA”, afirma.

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