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EUA: PIB perde força e cresce 1,6%, abaixo da expectativa

Resultado mostra recuo em comparação ao de 3,4% observado no quarto trimestre de 2023 e fica abaixo do consenso de 2,4%

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Foto: Freepik

O PIB dos EUA no primeiro trimestre de 2024 foi de 1,6%, um recuo em comparação ao de 3,4% registrado no quarto trimestre de 2023.

O resultado também veio abaixo do consenso LSEG de analistas, que esperavam um PIB de 2,4%.

O desempenho no primeiro trimestre refletiu, principalmente, as altas nos gastos do consumidor e no investimento em habitação, que foram parcialmente compensados por uma diminuição no investimento em estoques.

As importações, que são uma subtração no cálculo do PIB, também aumentaram.

EUA: desinflação está estagnada, diz presidente do Fed de Chicago

O presidente da distrital do Fed (Federal Reserve) de Chicago, Austan Goolsbee, declarou nesta sexta-feira (19) que o processo de desinflação dos EUA está estagnado e que as autoridades monetárias do país terão que manter os altos juros e “esperar ver” os efeitos.

Goolsbee entende que o Fed não deve ignorar três meses seguidos de inflação superior ao esperado nos EUA.

“A inflação está muito acima do nível que nos deixaria confortáveis. Depois de recuar muito na segunda metade de 2023, será mais difícil prosseguir com a queda na inflação em 2024 em igual ritmo”, declarou a autoridade, de acordo com o “Valor”.

O presidente do Fed de Chicago acredita que o processo de desinflação será mais lento e gradual do que o esperado no primeiro momento. “Faz sentido esperar para ter clareza sobre o cenário [com a entrada de outros dados] antes de agir”, acrescentou.

Desta forma, para ele, não está claro se o avanço do PIB (Produto Interno Bruto) e o mercado de trabalho aquecido estão afetando a inflação.

Além disso, Goolsbee afirmou que a inflação de moradia é um dos principais problemas. “Se os aluguéis não caírem, será mais difícil atingir a meta de 2% da inflação”, pontuou. Desta forma, ele declarou que chegar ao “caminho dourado” — possível queda da inflação sem o crescimento do desemprego — será mais difícil neste ano.

A autoridade conclui afirmando que o Fed fez um bom trabalho em relação ao pleno emprego, mas não está tendo o mesmo desempenho em relação à estabilidade dos preços.