Economia

PIB: IFI projeta aumento para 1,6%, mas cita incertezas

Conforme os dados apresentados, a instituição fez uma revisão da projeção anterior para o PIB brasileiro, de 1,2% para 1,6%

O IFI (Instituição Fiscal Independente) divulgou, nesta quinta-feira (22), seu Relatório de Acompanhamento Fiscal de fevereiro. Conforme os dados apresentados, a instituição fez uma revisão da projeção anterior para o PIB brasileiro, de 1,2% para 1,6%. 

As estimativas para o PIB, se aproximam daquelas mencionadas pelo mercado – cerca de 1,68%- porém ainda são menores que a do BC (Banco Central) – estimada em 1,7% – e a do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT) – 2% -, de acordo com o jornal O Globo. 

“2023 foi o ano de lançar as sementes do novo regime fiscal. 2024 é o primeiro ano de colher os frutos. Os resultados esperados, porém, estão ainda envoltos em incertezas e variáveis a definir”, diz o documento sobre o PIB.

Ainda seguindo as análises do IFI, o consumo provocado pela injeção de renda, vinda do pagamento dos precatórios, em dezembro do ano passado, junto à  melhoria do cenário externo, foram as vertentes consideradas para a alta. 

IFI ressalta incertezas sobre o PIB

O documento também levanta incertezas quanto às fragilidades fiscais, ao excessivo endividamento das famílias, às eleições nos EUA e aos conflitos armados que acontecem no momento ao redor do mundo, segundo o jornal. 

Nisto, a IFI, inicialmente, projeta um déficit primário de 0,9% do PIB. Sendo assim, a meta de déficit zero, estipulada por Haddad, não seria cumprida. Esse resultado viria, segundo os economistas, por conta de uma receita projetada em R$ 130,4 bilhões, a partir das novas fontes que as leis e Medidas Provisórias determinam. Esses números também estão abaixo das expectativas do governo Lula, com R$ 274,7 bilhões. 

“Embora a arrecadação com a tributação de fundos de investimentos exclusivos tenha surpreendido positivamente em dezembro de 2023 e janeiro de 2024,a IFI é mais conservadora na estimativa de arrecadação sobre subvenções econômicas e nos resultados das ações no âmbito do CARF (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais)”, afirma o instituto.