Boatos de taxação

Pix: transações recuaram entre dezembro e janeiro

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), informou que o governo editará uma MP que reforça os princípios da gratuidade do Pix

Bloqueio no Orçamento
Foto: Pixabay

A contração na quantidade de operações do Pix entre dezembro de 2024 e janeiro de 2025 foi a mais acentuada para o período desde a implementação do meio de pagamento em novembro de 2020. O levantamento considera os dias entre 1º e 14 de cada mês e mostra que a queda foi de 15,3%.

Entre 1º e 14 de dezembro de 2024, foram realizadas 2,70 bilhões de operações, enquanto, neste mês, o volume foi de 2,29 bilhões. Diante do cenário, o BC (Banco Central) informou, de acordo com o Valor, que o “movimento do Pix está dentro da variação sazonal de início de ano”.

Nos últimos dias, notícias falsas circularam sobre a possibilidade de cobrança de tributos nas transações via Pix, o que foi negado pela Receita Federal e pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, afirmou, nesta quarta-feira (15), que a norma que alterou regras de monitoramento de movimentações financeiras, utilizada como base para espalhar desinformação, será revogada.

Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), informou que o governo editará uma MP (Medida Provisória) que reforça os princípios da gratuidade do Pix e do sigilo bancário. “A Medida Provisória reforça esses dois princípios e praticamente equipara o pagamento em Pix ao pagamento em dinheiro”, disse Haddad.

Haddad: cobranças de taxa sobre o Pix serão alvo de medidas judiciais

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta quarta-feira (15) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou que o governo tome providências judiciais contra quem propaga informações falsas sobre a tributação do Pix.

Na esfera criminal há ações a serem tomadas, inclusive contra casos de golpes dados por pessoas que estão cobrando taxas adicionais para uso do Pix sob alegação falsa de que a transação é tributada, explicou Haddad em entrevista a jornalistas.

“É contra quem está propagando fake news e contra quem está dando golpes… Pode haver crime contra a economia popular. A Advocacia Geral da União (AGU) foi acionada para tomar providências”, disse o ministro.