O presidente do Fed (Federal Reserve), Jerome Powell, declarou nesta terça-feira (16) que a série de dados que apontaram para uma inflação mais forte do que o esperado nos EUA decepcionaram.
Powell comunicou que precisará de mais tempo para ter certeza de que a inflação está seguindo para a meta de 2%.
“Os dados recentes claramente não nos deram maior confiança e, em vez disso, indicam que provavelmente levará mais tempo do que o esperado para alcançar essa confiança”, disse a autoridade monetária, em Washington, de acordo com o “InfoMoney”.
Powell ainda acrescentou que, até a inflação mostrar um melhor progresso, “podemos manter o nível atual de restrição pelo tempo que for necessário”.
Na véspera, os EUA divulgaram dados que apresentavam crescimento de 0,7% em março nas vendas do varejo. No primeiro trimestre de 2024, a alta foi de 2,1%.
Powell indica incerteza sobre juros, contrariando estimativas do Fomc
Jerome Powell, presidente do Fed (Federal Reserve) – banco central dos EUA – afirmou que existe um grau alta de incerteza com as expectativas, tanto com a inflação quanto com a atividade econômica.
Segundo Powell, a “maioria” dos integrantes do Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto) espera o início do corte de juros em algum momento deste ano, se a economia do país evoluir como estimado.
“Reduzir muito os juros ou cedo demais poderia resultar em uma reversão do progresso que observamos na inflação e, em última análise, exigir uma política [monetária] ainda mais rígida para que a inflação volte a 2%”, disse o presidente.
Powell realizou um discurso evento na Escola de Negócios da Universidade de Stanford, divulgado no início de abril, de acordo com o ‘Valor Econômico’.
“Mas flexibilizar a política muito tarde ou muito pouco poderia enfraquecer indevidamente a atividade econômica e o emprego. À medida que o progresso na inflação continua e o aperto no mercado de trabalho diminui, esses riscos continuam a se equilibrar melhor”, completou.