Weverton Rocha, senador investigado
BIE - Weverton Rocha Marques de Souza (PDT) é eleito senador pelo estado do Maranhão, 38 anos, chegou a 35,01% dos votos. É natural de Imperatriz (MA) e está no segundo mandato na Câmara dos Deputados, tendo sido suplente (2011-2015) e titular (2015-2018). Foi líder do partido Câmara entre 2016 e 2017. Também foi secretário estadual de Esporte e Juventude (2007) e assessor na Prefeitura de São Luís (MA) e no Ministério do Trabalho. Suplente: Roberth Bringel (DEM) e Suely (PSB). Data: 15/06/2016

O senador Weverton Rocha (PDT-MA) é um dos alvos da nova fase da Operação Sem Desconto, deflagrada pela Polícia Federal. A investigação apura um esquema nacional de descontos ilegais em aposentadorias e pensões do INSS, entre 2019 e 2024, com prejuízo estimado em R$ 6,3 bilhões.

Além do senador, a operação prendeu Romeu Carvalho Antunes. O pai dele, Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, já havia sido preso em setembro pelo mesmo esquema. Também houve a prisão de Eric Fidélis, filho de um ex-diretor do INSS, e o afastamento de um secretário do Ministério da Previdência.

Quem é o senador

Natural de Imperatriz (MA), Weverton Rocha tem 46 anos e iniciou a carreira política no movimento estudantil. Atuou na UBES e na UNE antes de ingressar na gestão pública no Maranhão. Entre 2000 e 2006, trabalhou como assessor na Prefeitura de São Luís. Depois, comandou a Secretaria Estadual de Esporte e Juventude.

No Legislativo, Weverton assumiu como deputado federal em 2012 e se reelegeu em 2014. Em 2018, venceu a disputa para o Senado, cargo que ocupa até hoje. Atualmente, integra a base do presidente Lula e relatou indicações relevantes no Congresso.

Processos e investigações

Ao longo da carreira, o senador respondeu a investigações relacionadas a licitações. No caso do Projovem Urbano, o STF o absolveu por falta de dolo e de prejuízo ao erário.

Já no episódio da reforma do ginásio Costa Rodrigues, o STF enviou o processo à Justiça estadual, que encerrou a ação em 2022 sem julgamento.

Mais recentemente, emendas parlamentares indicadas por Weverton apareceram na Operação Odoacro. A PF investiga possíveis irregularidades em contratos no Maranhão, envolvendo cerca de R$ 34 milhões destinados a empresas sob apuração.

Em todas as ocasiões, o senador negou participação direta em irregularidades e afirmou não ser alvo formal das investigações.