O bitcoin retornou aos US$ 48,4 mil (cerca de R$ 254,3 mil) nesta sexta-feira (20), após um avanço de 4,15%. No início do ano a moeda passou por uma série de quedas, que preocupou investidores, chegando a despencar 50% e custando cerca de US$ 30 mil. Mas como mostram os dados do Blockchain do bitcoin, a moeda vem ganhando força e espaço entre empresas tradicionais e governos.
Um exemplo é a Coin Cloud, empresa norte-americana de bitcoin, e a rede de shoppings BRMalls, que anunciaram uma parceria para a instalação de 15 novas máquinas de criptomoedas em nove cidades de quatro Estados brasileiros.
A fabricante foi a primeira a fazer esse tipo de investimento no país em 2020, quando foram instalados caixas eletrônicos (ATM) que permitiram fazer transações (comprar e vender) com criptomoedas, usando reais, de acordo com a Valor.
Um outro ponto para destacar o espaço que ele vem conquistando é o jogador Lionel Messi, que foi contratado pelo Paris Saint-Germain e, segundo a Reuters, terá parte de seu pagamento feito com o criptoativo através de tokens de torcedores do time francês.
Além disso, o Banco Central do Brasil (BC) e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) estão estudando regulamentar o bitcoin. Vale lembrar que o banco já está desenvolvendo uma criptomoeda para o real brasileiro.
A popularização do ativo ganhou força neste ano, apesar de já fazer parte da carteira de muitos, no início de 2021 o noticiário econômico foi recheado com acontecimentos relacionados à ele.
As pressões para a regulamentação das operações com a criptomoeda e o anúncio do vice-premiê chinês, Liu He, que afirmou, em maio deste ano, para um grupo de investidores que as autoridades locais pretendem reprimir a mineração e a comercialização da moeda, para ter maior controle e promover uma estabilidade financeira, levaram a sua cotação a oscilar.
A declaração foi acompanhada de ações, como a proibição de empresas usarem o criptoativo em negociações. Além disso, os posicionamentos de Elon Musk, dono da Tesla, também afetaram a moeda, as falas do empresário em entrevista e programas de TVs norte-americanos apresentavam conotações ambíguas.