Economia

S&P eleva rating do Brasil de BB- para BB com perspectiva estável

A agência informou que a elevação foi motivada pela aprovação da reforma tributária

A agência de classificação de risco S&P Global elevou o rating do Brasil de BB- para BB, com perspectiva estável. No relatório divulgado nesta terça-feira (19), a agência informou que a elevação foi motivada pela aprovação da reforma tributária. Com a alteração, o País está dois degraus abaixo do grau de investimento.

Segundo a S&P, a aprovação da reforma reforça a “política pragmática” empregada pelo País nos últimos anos. A agência destaca que está na expectativa por novos progressos na redução de desequilíbrios fiscais, na evolução de perspectivas econômicas e na ancoragem de expectativas da inflação.

Por fim, a S&P ressalta que o Brasil deve mater posição extremamente forte, sustentada pela produção forte de commodities e por sua necessidade de financiame nto externo. A estrutura institucional brasileira também recebeu elogios por fornecer “amplos freios e contrapesos” nos Três Poderes.

Fitch estipula rating do Brasil em ‘BB’, com perspectiva estável

Na semana passada, a Fitch Ratings confirmou o rating soberano do Brasil em ‘BB’, com perspectiva estável. Em comunicado, a agência de classificação de risco escreveu que os ratings do Brasil são apoiados por sua economia grande, alta renda per capita e mercados domésticos profundos.

Além disso, a Fitch citou as finanças externas fortes, que apoiam a resiliência a choques, sustentadas por uma taxa de câmbio flexível, reservas internacionais robustas e uma posição de credor externo líquido soberano.

Apesar disso, a agência citou o que o Brasil possui um fraco potencial de crescimento econômico, pontuações de governança relativamente baixas, relação dívida pública/PIB elevada e crescente e rigidez orçamentária.

Na declaração desta sexta-feira (15), a Fitch também citou o amplo pragmatismo político do governo de Luiz Inácio Lula da Silva em seu primeiro ano, avançando em medidas de aumento de receita e defendendo maiores investimentos por parte das estatais, mas sem uma política agressiva do passado.

Em contrapartida, a Fitch pontuou a deterioração fiscal em 2023, impulsionada por grandes aumentos de gastos relacionados à expansão dos benefícios sociais do Bolsa Família.