Juros

'Super Quarta': o que mercado vê nos últimos dados dos EUA

Dados do CME FedWatch apontam que a probabilidade de um corte de juros pelo Fed de 0,50 p.p está em 65%

Bandeira dos EUA/ Foto: Freepik
Bandeira dos EUA/ Foto: Freepik

A tão famosa Super Quarta tem movimentado os mercados nos últimos dias. Nesta manhã de segunda-feira (16), as apostas para um corte de juros pelo Fomc (Federal Open Market Committee), do Fed (Federal Reserve), de 0,50 p.p (ponto percentual) superaram a probabilidade de um corte menor.

Dados do CME FedWatch apontam que a probabilidade de um corte de juros pelo Fed de 0,50 p.p está em 65%, enquanto as apostas para um corte menor, de 0,25 p.p, estão em 35%, na Super Quarta.

De acordo com o “Wall Street Journal”, o debate sobre a dimensão do primeiro ajuste se mantém. A métrica de Nick Timiraos sugere que a justificativa para iniciar cortes menores é que a economia norte-americana é fundamentalmente boa.

Essa tese também é reforçada por alguns analistas, que acreditam que um corte de maior proporção poderia sugerir maior alarme sobre a saúde da economia do país e fazer o mercado antecipar um ritmo mais rápido de ajustes nos juros, conforme informações do “InfoMoney”.

“Super Quarta”: economistas projetam cautela e baixos cortes de juros

A primeira Super Quarta do ano acontece neste 31 de janeiro para fechar o primeiro mês do ano em grande estilo. Conhecido pela coincidência de data, as decisões monetárias de Brasil e EUA costumam causar grande impacto sobre os setores econômicos e ações do mercado financeiro. No entanto, neste primeiro momento, economistas ouvidos pelo BP Money projetam cautela e baixos cortes de juros.

No Brasil, a decisão sobre a política monetária pelo Copom (Comitê de Política Monetária) costuma ser divulgada entre às 18h e 19h (horário de Brasília) da super quarta. Roberto Simioni, economista-chefe da Blue3 Investimentos, diz que a possibilidade de choques exógenos ainda neste primeiro semestre, tanto em solo brasileiro quanto no exterior, pode exigir maior atenção dos bancos centrais. 

“No caso do Brasil, o fato do Banco Central não ter assumido uma postura de redução progressiva da taxa de juros nas próximas reuniões deixa a autoridade monetária em uma posição mais conservadora e confortável neste momento”, avaliou. 

Cortes de juros na Super Quarta

Nesse patamar, Paulo Gala, economista-chefe do Banco Master, disse que sua projeção para o FED é de estabilidade . “Os investidores buscarão pistas sobre futuros cortes, com expectativas divididas entre março e maio. A reunião de quarta-feira é crucial para antecipar os passos da autoridade monetária americana”, afirma.

Já para a decisão do Copom, o cenário esperado pelo economista não é muito diferente. “No Brasil, não se esperam grandes mudanças, prevendo-se um corte de meio ponto na Selic, reduzindo-a para 11,25%”, completa

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