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Taxas de juros futuros disparam em meio à tramitação do pacote fiscal

No fim da tarde, a taxa do DI para janeiro de 2025 — que reflete as apostas para a Selic no curto prazo — estava em 11,951%

Meta fiscal
Meta fiscal / Foto: Freepik

As taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros) dispararam nesta segunda-feira (9), com alguns contratos mais longos registrando altas superiores a 20 pontos-base, enquanto o mercado reagia às dificuldades do governo para avançar com o pacote fiscal no Congresso e às expectativas de uma Selic (taxa básica de juros) mais alta.

No fim da tarde, a taxa do DI para janeiro de 2025 — que reflete as apostas para a Selic no curto prazo — estava em 11,951%, ante 11,851% no ajuste anterior. Já o contrato para janeiro de 2027 apresentou taxa de 14,96%, uma alta de 20 pontos-base em relação ao ajuste anterior, de 14,759%.

Entre os contratos mais longos, a taxa para janeiro de 2031 chegou a 14,36%, acima dos 14,192% registrados no ajuste anterior, enquanto o contrato para janeiro de 2033 marcou 14,15%, contra 14,002% do ajuste anterior.

No início de uma semana repleta de eventos econômicos, incluindo a divulgação do IPCA de novembro e a última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) de 2024, as atenções do mercado se voltavam novamente ao cenário fiscal, enquanto o Executivo tenta aprovar suas medidas de contenção de gastos no Congresso ainda este ano. As informações são do “InfoMoney”.

Tesouro Direto tem aumento de taxas e chega quase a IPCA + 7%

Tesouro Direto renovou a taxa máxima do IPCA+ 2029 de IPCA + 6,81% para IPCA + 6,94%. Agora, o título chega quase ao famoso IPCA + 7%. O Tesouro Prefixado 2027 também teve um aumento, para um retorno anual de 13,32%, a maior taxa do ano. Enquanto isso, o Prefixado 2031 subiu para 13,09%.

Outros títulos, como Educa+, Renda+ e IPCA+, estão com taxas entre 6,61% e 6,94%. Os patamares atuais do Tesouro Direto, que vêm crescendo nas últimas semanas, são uma boa oportunidade para investidores de renda fixa.

Vale a pena investir nesses títulos do Tesouro Direto?

“Esse movimento de títulos atrelados ao IPCA oferecendo remunerações de IPCA + 7% reflete o prêmio de risco elevado, que surge do cenário macroeconômico com incertezas sobre a inflação e possíveis ajustes na política monetária”, explica a sócia-fundadora da AVG Capital, Andressa Bergamo.

“A precificação dos títulos atrelados ao IPCA nesse patamar alto demonstra que os investidores exigem uma proteção significativa frente a um cenário inflacionário que pode ser persistente“, afirma a especialista. Segundo ela, o IPCA + 7% é interessante para os investidores que procuram proteção contra a inflação.