Orçamento

Tesouro deve alterar a meta da dívida pública, diz relator da LDO

Confúcio Moura, relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias, fez afirmação após reunião com Fernando Haddad

Foto: Pexels / Real
Foto: Pexels / Real

O senador Confúcio Moura (MDB-RO), relator da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), afirmou, após reunião com Fernando Haddad (Fazenda), que o Tesouro deve enviar uma modificação em relação à meta da dívida pública. 

Mesmo com a alteração, Moura permanece construindo o relatório com projeções de déficit zero. ““É possível que o secretário do Tesouro [Rogério Ceron] envie sim, algumas alterações de metas de acordo com essa rigidez das taxas de juros”, disse ele, segundo o “Valor”.

“Tudo é feito em cima de projeções. Um apanhado de dados que o governo tem para poder estabelecer esses parâmetros de dívida pública, de crescimento econômico. Isso (meta fiscal zero) a lei do arcabouço fiscal mantém intacto”, afirmou.

“A diferença é a dívida pública. Exatamente. Quando o juro está alto, a dívida pública se mantém rígida, se mantém alta”, acrescentou o senador.

Secretário do Tesouro nega desancoragem de expectativas fiscais

Na semana em que o dólar alcançou valores elevados, impulsionado por incertezas em torno da política fiscal, Rogério Ceron, secretário do Tesouro Nacional, declarou que as expectativas em relação aos indicadores fiscais permanecem ancoradas.

A autoridade apontou que há uma “desancoragem marginal” da inflação, mas que essa situação está dissociada do contexto fiscal. A fala foi dada em entrevista ao Valor Econômico.

“Não há uma desancoragem fiscal. Isso é falacioso”, disse. “Quem falar que há uma desencoragem nas expectativas fiscais não está dizendo a verdade com base nos números.”

Ceron reconheceu, entretanto, que a incerteza fiscal aumentou devido a “diversos fatores” e expressou compreensão sobre as “sensibilidades de diferentes naturezas.”

Para ilustrar seu ponto, o secretário mencionou os resultados da pesquisa Focus, conduzida semanalmente pelo Banco Central com mais de cem instituições financeiras. Ele destacou que, ao contrário da instabilidade nos mercados, as projeções do mercado para o resultado das contas públicas e para a dívida pública em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) não mostraram deterioração.

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