Economia

Trump acusa Brasil de aumentar compra de aço chinês

O decreto assinado por Trump indica que essas importações teriam mais que triplicado nos últimos anos, afetando a indústria norte-americana

Ataque a Trump no último sábado
Donald Trump / Foto: Agência Brasil

Donald Trump, o presidente dos EUA, falou diretamente que o Brasil foi um dos principais motivadores para a imposição de novas tarifas de 25% sobre as importações de aço e alumínio. O decreto assinado na segunda-feira (10) e divulgado pela Casa Branca, consta que o republicano viu uma alta “tremenda” nas importações brasileiras de aço da China.

O documento também indica que essas importações teriam mais que triplicado nos últimos anos, o que teria impactado a indústria norte-americana.

“As importações brasileiras de países com níveis significativos de sobrecapacidade, especificamente a China, cresceram tremendamente nos últimos anos, mais do que triplicando desde a instituição deste acordo de cotas”, afirma o decreto presidencial, segundo o “InfoMoney”.

Além disso, Trump justificou que países como o Brasil, que tinham cotas para exportação de aço sem tarifas, passaram a comprar mais produtos chineses, deslocando a produção local e aumentando suas exportações para os EUA. 

Ainda conforme o governo dos EUA, houve uma maior concorrência com a indústria metalúrgica do país norte-americano, prejudicando a produção interna.

“As exportações de aço da China aumentaram recentemente, ultrapassando 114 milhões de toneladas métricas até novembro de 2024, deslocando a produção de outros países e forçando-os a exportar volumes maiores de artigos de aço e artigos derivados de aço para os Estados Unidos”, diz outro trecho do decreto.

Tarifas de Trump sobre aço começam a vigorar em 12 de março

As tarifas anunciadas pelo presidente Donald Trump devem entrar em vigo a partir de 12 de março, como detalham ordens executivas divulgadas na noite de segunda-feira (10) pela Casa Branca. As informações foram apuradas pelo portal InfoMoney.

Trump reforçou a necessidade e enrijecer acordos comerciais e encerrar parcerias com diversos países que facilitavam a entrada de metais proveniente de países com ‘excessiva capacidade de produção’, dando destaque a china.

As tarifas impostas revogam acordos preexistentes com Argentina, Austrália, Brasil, México, Japão, UE (União Europeia), Coreia do Sul e Reino Unido. O ajuste de 25% será valido a todos os países que exportam aço para os EUA.

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