Educação financeira

O que é Cross Border?

Atuar com o comércio Cross Border é, sem dúvida, o objetivo de muitas empresas que atuam no segmento logístico

Atuar com o comércio Cross Border é, sem dúvida, o objetivo de muitas empresas que atuam no segmento logístico. Afinal, trata-se de uma área de grande potencial financeiro, e que possibilita novos empreendimentos para além das estradas de nosso país. Provavelmente já ouviu falar algo sobre, mas hoje você ficará por dentro de tudo o que precisa saber sobre o assunto.

Afinal, o que é Cross Border?

Também conhecido em português pelo nome de comércio transfronteiriço, esta é a modalidade de exportação, na qual produtos de empresas locais, no caso, brasileiras, passam a ser comercializados para pessoas em outros países. Se há algumas décadas o ato de comprar “de fora” era uma tarefa quase impossível, a tecnologia transformou esse desafio em algo muito mais simples, bastando alguns cliques para efetuar um pedido.

Desta forma, o Cross Border possui uma relação estreita com os e-commerces, e mostrou sua força e
resiliência mesmo no conturbado período da pandemia do coronavírus, onde comércios físicos
permaneceram fechados por meses, mas as vendas online cresceram.

Hoje, é cada vez mais comum que pessoas comprem produtos globalmente sem ao menos precisar
sair de casa. As fronteiras foram derrubadas graças ao comércio digital e o ramo da logística, que atua
de forma a “encurtar” cada vez mais as distâncias entre mercados e clientes, por meio de práticas
como o transporte multimodal. Entre os produtos mais procurados estão roupas, calçados, produtos
cosméticos e bebidas alcoólicas.

As etapas para realizar o comércio Cross Border

Quem se depara com os números e as possibilidades proporcionadas pelo comércio transfronteiriço
costuma idealizar a implementação desta prática. No entanto, há de se lembrar de seus desafios e
especificidades quando comparados ao comércio local. Alguns dos pontos a serem analisados são:

Estudo de mercado

Assim como ao abrir um comércio físico para vendas locais, o comércio cross border também necessita
de uma análise aprofundada sobre o mercado. Isso é feito estudando o público e o potencial de venda
dos produtos a serem comercializados. Por se tratar de pessoas de outros países, é fundamental
conhecer mais a cultura, hábitos e costumes, bem como questões climáticas e sociais – afinal, tudo
isso pode impactar positivamente ou negativamente nas vendas.

Para quem está empreendendo, é necessário entender que ter em mãos o produto certo é a melhor
forma de garantir o sucesso. Com o estudo de mercado você terá as informações necessárias para
encontrar essa resposta e além – podem decidir qual o mercado mais adequado para investir.

Definição de preço

Falando aqui do primeiro passo logístico, a definição de preço merece atenção especial, já que esse
tipo de comércio possui custos envolvidos para enviar mercadorias para outros países, como tributos
e impostos. Logo, verificar a viabilidade de lidar com estes valores é imprescindível.

É possível ter uma estimativa de tributos e taxas administrativas no site da Receita Federal, onde há
um simulador para exportações, utilizando como base o código da Nomenclatura Comum do Mercosul
(NCM), bem como valores aduaneiros de cada mercadoria e a moeda do país de destino.

Definições legais do local de destino

Além de familiarizar-se (e, claro, seguir) às leis brasileiras, deve-se atentar com as regras locais do país
de destino para recebimento de mercadorias do exterior. Buscar essas informações é importante para
não ser surpreendido quando o processo de Cross Border já estiver acontecendo. A mesma intenção
deve ser voltada também para os impostos que podem ser cobrados, bem como documentações
específicas.

Logística no comércio Cross Border

Como já vimos, implementar o comércio transfronteiriço só é possível após adaptar os processos
internos de uma empresa para lidar com a nova realidade. Outro ponto intrínseco e primordial a esse
comércio é a logística. Afinal, enviar mercadorias para o exterior exige uma grande e eficiente
atividade logística, e isso só é possível contando com equipe e parceiros certos.

Além disso, deve-se entender os fundamentos desta atividade. Por exemplo, o fato da
responsabilidade do frete não passar a ser da transportadora quando os produtos são entregues a ela.
Desta forma, quando a logística é terceirizada, deve-se garantir que está fechando contrato com
empresas idôneas, que tenham um bom histórico de compromisso, segurança e pontualidade. Por
fim, é necessário atentar-se à logística reversa, uma etapa logística muito mais complexa – visto que
envolve mais custos, direitos aduaneiros e documentações – que o envio da mercadoria em si.

Os tipos de exportação na logística transfronteiriça

Existem, basicamente, duas modalidades de exportação para levar produtos a outros países. São elas
a direta e a indireta. Vamos entender.

Exportação direta

Na exportação direta, a própria empresa é a responsável por realizar todos os processos logísticos
para a entrega transfronteiriça. Desta forma, não há atuação de parceiros intermediários, tendo uma
única empresa nas notas fiscais referentes à fabricação, exportação e despacho dos produtos.

Para tanto, é preciso ter profundo conhecimento sobre a logística Cross Border, bem como uma gestão
logística de excelência, com amparo jurídico sobre as práticas de exportação.

Exportação indireta

Ao contrário da explicada acima, a exportação indireta depende de intermediários especializados em
logística transfronteiriça para enviar os produtos aos países de destino. Desta forma, a empresa
produtora vende suas mercadorias destinadas à exportação para outra empresa nacional. Esta sim irá
atuar na exportação e revenda internacional.

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