Tecnologia

Alphabet e outras gigantes investiram US$ 6 bilhões em blockchain

Samsung foi a maior investidora nos nove meses estudados, com aportes em 13 empresas

Quarenta das maiores companhias do mundo investiram cerca de US$ 6 bilhões em empresas de blockchain em nove meses, entre setembro de 2021 e junho de 2022. Os dados são de um estudo da Blockdata, que analisou a atividade de investimento das 100 maiores empresas públicas por valor de mercado, usando o tamanho das rodadas de financiamento como base para o investimento total.

Segundo a empresa, não é possível determinar o valor contribuído por cada participante em uma determinada rodada. Ainda assim, no período, a Samsung foi a maior investidora, com aportes em treze empresas. 

Já o maior valor partiu da controladora do Google (GOGL34;GOGL35), a Alphabet, que participou de quatro rodadas de investimento que arrecadaram, juntas, US$ 1,5 bilhão para empresas relacionadas a blockchain e criptomoedas.

As empresas investidas pela Alphabet foram a Fireblocks, provedora de tecnologia de custódia de criptomoedas, Flow Dapper Labs, desenvolvedor de blockchain, Bitcoin Voltage, provedor de infraestrutura, e a empresa de investimentos Digital Currency Group.

Ainda, o estudo destaca o crescimento da aceitação da tecnologia de blockchain e da indústria de criptomoedas por diferentes setores da economia. A BlackRock também participou de rodadas, avaliadas em US$ 1,2 bilhão, enquanto o Morgan Stanley participou com US$ 1,1 bilhão em atividades de captação de recursos.

Tecnologia blockchain pode fazer marcas de luxo economizarem bilhões

A tecnologia blockchain, que está por trás de projetos como as criptomoedas, NFTs e DeFi (Finanças Descentralizadas), pode ajudar as marcas de luxo a economizar bilhões de dólares nos próximos anos. 

Isso porque, apenas em 2017, marcas de luxo perderam US$ 98 bilhões em vendas para falsificações. O mercado total de falsificações chega a aproximadamente US$ 4,5 trilhões e, de acordo com a Organização Mundial das Alfândegas, calculou que isto representa cerca de 7% do comércio mundial. Além disso, esta situação foi agravada com o aumento de compras on-line durante a pandemia de covid-19.

As falsificações estão fazendo com que empresas do ramo recorram à tecnologia blockchain para proteger seus produtos e consumidores. Um exemplo disso é o Aura Blockchain Consortium, criado em 2021 pela Louis Vuitton, em parceria com a Prada e a Cartier.