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Milei envia pedido formal para negociar adesão à OCDE

A Argentina, governada por Milei, se candidatou pela primeira vez a membro da OCDE em 2016

O presidente da Argentina, Javier Milei, enviou uma carta à OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) solicitando o início das negociações de adesão. A informação é da agência “Reuters”. 

Segundo a “Reuters”, Milei afirmou em uma carta datada de 11 de dezembro, mas enviada à organização nesta quarta-feira (13), que o país pretende “retomar ativamente” o processo de se tornar um membro da OCDE.

A Argentina se candidatou pela primeira vez a membro da OCDE em 2016, durante o governo de Mauricio Macri, mas decidiu congelar o processo de candidatura após o presidente Alberto Fernández assumir o cargo em 2019.

Diana Mondino, ministra das Relações Exteriores do país, conduzirá as discussões da OCDE, de acordo com a carta de duas páginas assinada por Milei e com o selo presidencial.

Argentina: ministro anuncia pacote de medidas econômicas; confira

O aguardado primeiro pacote de medidas econômicas do governo de Javier Milei foi anunciado na terça-feira (12). Em vídeo o ministro da Economia da Argentina, Luis Caputo, afirmou que o novo governo recebeu a “pior herança” da história e garantiu que “se continuar assim, haverá hiperinflação”.

O anúncio do pacote econômico era esperado para a segunda-feira (11), um dia após a posse do presidente argentino, mas acabou sendo adiado.

Veja os ajustes anunciados:

  • Contratos de trabalho com duração inferior a um ano não serão renovados;
  • Suspensão de contratos de publicidade do governo durante o período de um ano;
  • Redução de ministérios (18 para 9) e de secretarias (106 para 54);
  • Redução de transferência para províncias;
  • Congelamento de novas licitações de obras públicas e cancelamento de obras que ainda não começaram;
  • Redução de subsídio ao setor de energia e transportes;
  • Aprimoramento de políticas sociais, “sem intermediários”;
  • Fixação da taxa de câmbio em relação ao dólar em 800 pesos;
  • Substituição do sistema de importação para um que não exija informações de licença prévia;
  • Reforço em programas sociais.

“As medidas visam neutralizar a crise”, informou o ministro. Enfrentado a pior crise financeira em décadas, a previsão é que a inflação na Argentina encerre o ano perto dos 200%.