As ações da Ambipar (AMBP3) fecharam em queda de 13,3% na sexta-feira, cotadas a R$ 16,15, após a empresa anunciar uma nova oferta de ações (follow-on) que pode levantar até R$ 1,2 bilhão. Parte dos recursos será direcionada para desalavancagem e parte para a expansão da empresa.
Gustavo Bertotti, economista-chefe da Messem Investimentos, observa que, embora o anúncio da oferta seja positivo em teoria, a desvalorização pode refletir um movimento esperado antes do processo de bookbuilding (formação de preço). Ele explica que é comum haver um movimento de venda nesse tipo de operação, uma vez que a definição de preço normalmente ocorre abaixo do preço de mercado, o que pode levar investidores a vender para recomprar a preços mais baixos posteriormente.
O fundador Tércio Borlenghi Jr., que voltou ao cargo de diretor-presidente da Ambipar quatro meses atrás, vai liderar a nova emissão da empresa com um investimento de R$ 560 milhões. Ele, que detém 61,2% de participação na empresa, está disposto a subscrever um valor equivalente à sua fatia.
As ações da Ambipar apresentam uma queda de 18,5% na semana, 22,2% em 2023 e 43,8% nos últimos 12 meses. No dia do anúncio da oferta, as ações movimentaram R$ 113,5 milhões, aproximadamente 6,2 vezes mais do que o volume financeiro da quinta-feira anterior.
Ambipar anuncia follow on de até R$ 1,1 bi
A Ambipar (AMBP3) comunicou nesta sexta-feira (20), que lançará uma oferta primária de ações para reforço de caixa, em operação que pode ultrapassar R$ 1 bilhão. A operação está prevista para ser precificada em 31 de outubro.
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A oferta da Ambipar inclui uma operação inicial que envolve a emissão de 30.059.045 novas ações ordinárias. O montante pode ser elevado em até 100% com base na demanda do mercado.
Considerando a cotação de fechamento das ações na B3 na quinta-feira (19), de R$ 18,63 por papel, a oferta alcança R$ 1,12 bilhão, considerando as ações adicionais.
O acionista controlador da companhia se comprometeu a subscrever uma quantidade de ações equivalente a até R$ 560 milhões.
“O objetivo desse follow-on é a desalavancagem da companhia. Esse movimento será benéfico para o nosso negócio e os acionistas, pois nos dará maior flexibilidade nesse cenário de taxa de juros alta por mais tempo.”, afirmou em nota o CFO da Ambipar Group, Thiago Costa.
