Em fato relevante ao mercado nesta quinta-feira (23), a Americanas (AMER3) comunicou o adiamento da divulgação de suas demonstrações financeiras referentes ao ano de 2023 e ao primeiro trimestre de 2024. Agora, a companhia pretende divulgar os números até 31 de julho.
A varejista afirmou que, embora os trabalhos de fechamento, análise e auditoria independente dos balanços estejam essencialmente finalizados, a investigação do comitê independente (CI) ainda não está concluída, o que impossibilita aos auditores independentes reavaliar a sua abstenção de opinião.
Em 6 de maio de 2024, a companhia recebeu mensagem eletrônica do comitê contendo as “últimas atualizações quanto ao cronograma para a conclusão dos trabalhos de investigação do CI”, e estimando, de forma não vinculante, que isso ocorra num futuro próximo.
Por essa razão, a Americanas julgou conveniente adiar a divulgação de seus balanços para após o recebimento do relatório final de investigação do CI.
Ainda no mês de maio, a companhia pretende divulgar novo fato relevante com indicadores financeiros gerenciais, não auditados, que refletem seu desempenho operacional em 2023 e no primeiro trimestre de 2024, assim como atualizações sobre a execução de seu plano de recuperação judicial.
Americanas (AMER3): arbitragem por fraude exige R$ 32 bi
A arbitragem apresentada pelo Instituto Empresa contra as Lojas Americanas (AMER3), integrada por cerca de 500 investidores, chegou ao montante de R$ 32 bilhões, conforme divulgado pelo instituto, nesta segunda-feira (6).
A solicitação dos membros é pelo ressarcimento integral dos prejuízos que as fraudes contábeis da Americanas causaram. Está previsto o pagamento da diferença – cerca de R$ 12 bilhões – aos acionistas que se juntaram à demanda.
Esse valor passará por apuração quanto ao preço pago, baseado em informações falsas, e o preço correto. Bem como haverá análise dos elementos de distorções no valor dos papéis da Americanas, de acordo com o Instituto.