A política de pagamento de bônus da Americanas (AMER3) será investigada pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários). A autarquia irá avaliar se tal prática estimulou os executivos a cometer as fraudes descobertas no início deste ano. A informação é do jornalista Lauro Jardim, do “O Globo”.
Segundo Jardim, o assunto já é tratado no nível de diretoria da CVM. A política de pagamento de bônus era uma prática comum no modelo de gestão difundido pelos atuais acionistas de referência da Americanas, Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira.
Nesta quinta-feira (23), por volta das 15:10 (de Brasília), as ações da Americanas estavam cotadas a R$ 1,11.
Americanas (AMER3) acelera devolução de galpões
A Americanas (AMER3) tem acelerado a devolução de galpões e espaços de armazenagem de produtos do e-commerce nos últimos meses. Em janeiro de 2023, a varejista fechou um centro de distribuição em Fortaleza (CE). As informações são do portal “Estadão”.
De acordo com levantamento da imobiliária SDS Properties, especializada em galpões logísticos, a Americanas ocupou 830 mil metros quadrados em condomínios em 2022. Desse total, já foram devolvidos quase 20%.
Até o momento, foram desocupados 159 mil metros quadrados em Betim (MG), Resende (RJ), Cajamar (SP) e Ribeirão Preto (SP). Ainda em 2023, serão devolvidos outros quase 70 mil metros quadrados em condomínios logísticos localizados em Curitiba (PR), Porto Alegre (RS) e Hortolândia (SP).
Segundo o “Estadão”, o processo de devolução de galpões já havia sido iniciado antes mesmo de a varejista apresentar o pedido de recuperação judicial, em janeiro.
“As devoluções (da Americanas) podem afetar pontualmente preços em mercados onde a vacância é elevada”, disse Simone Santos, CEO da SDS Properties.
Americanas (AMER3) apresenta proposta de capitalização a credores
Na semana passada, a Americanas (AMER3) apresentou aos bancos credores uma proposta de capitalização que será feita pelo trio de acionistas de referência da empresa, Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira, no valor de R$ 7 bilhões. O montante ficou bem abaixo dos R$ 15 bilhões apontados pelas instituições financeiras como um aporte necessário para resolver o problema da companhia. As informações são do “Valor”.
A proposta da Americanas também reivindica que os bancos convertam R$ 18 bilhões da dívida total da empresa em ações e em dívida subordinada, que é aquela que fica no final da fila em um eventual processo de insolvência, segundo a publicação.