Americanas (AMER3): CVM questiona negociação atípica

A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) apontou que as ações da Americanas (AMER3) registraram negociações consideradas atípicas na B3 (B3SA3) desde o último dia 10 de agosto, com aumento de oscilações e também no número de negócios e do volume movimentado. 

A mudança foi identificada pela CVM antes e depois do anúncio do novo CEO da companhia, que ocorreu na noite da última sexta-feira (19). O executivo Sergio Rial, ex-Santander, assume a varejista a partir de janeiro de 2023. 

“Acerca da movimentação observada, a companhia destaca que não tem conhecimento de nenhum fato que tenha motivado as últimas oscilações registradas em suas ações”, afirmou o CEO e diretor de Relações com Investidores da companhia, Miguel Gutierrez, em comunicada na noite desta terça (23). 

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A CVM, que regula e fiscaliza o mercado de capitais, pediu oficialmente esclarecimentos à companhia sobre as variações apontadas. 

Em julho, os papéis da Americanas tiveram uma média diária de negociação aproximada de R$ 200 milhões. Esse volume mais do que triplicou em 10 de agosto, quando a ação da companhia disparou mais de 7%. 

Nos dois pregões seguintes houveram quedas acentuadas, de até mais de 9%, com volume de negócios acima do dobro da média de julho. Em 15 de agosto, o preço do ativo voltou a avançar, desta vez mais de 16%, para, nas quatros sessões seguintes, devolver parte da valorização acumulada. 

Auge da movimentação da Americanas ocorre após troca de CEO

O ápice da movimentação ocorreu logo na última segunda (22), primeiro pregão após o anúncio do novo CEO, quando os negócios superaram R$ 1 bilhão, e a cotação encerrou o pregão com 22,48% de alta. O papel subiu mais 15,91% nesta terça (23), a R$ 18,50. 

Apesar da alta acentuada nesta semana, o papel da Americanas acumula desvalorização de 41,10% em 2022.